Quarta-feira, Maio 1, 2024
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Síntese da Reunião da Comissão Permanente do Ensino Público

Síntese da Reunião da Comissão Permanente do Ensino Público
 
 
 
 

Realizou-se na ES Manuel de Arriaga, na Horta, no passado dia 16, uma reunião da Comissão Permanente do Ensino Público. Da extensa ordem de trabalhos destacam-se os seguintes assuntos:

1. A avaliação do pessoal não docente e dos Conselhos Executivos será feita no âmbito do SIADAPRA. Os presidentes dos Conselhos Executivos serão avaliados pela Directora Regional e os Vice-Presidentes pelos respectivos Presidentes. O pessoal administrativo será avaliado pelo Chefe de Secretaria e o pessoal auxiliar, pelo Vice-Presidente com a tutela destes funcionários.

2. A equipa para a desburocratização de procedimentos pedagógicos e administrativos será constituída pelos seguintes elementos: João Mateus, EBI de Angra; Paula Silva, Escola Secundária da Lagoa; Josefa Esteves, EBI de Arrifes; Adelina Santos, Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade; e Maria Cordeiro, Escola Básica e Secundária da Graciosa. As escolas devem enviar propostas até 4 de Setembro e a referida equipa deverá elaborar um documento final a apresentar à Comissão Permanente do Ensino Público até Fevereiro de 2010.

3. Equipas para a Implementação do Currículo Regional (ver documentação).

4. Formação sobre os novos programas de Português e Matemática. Deslocar-se-ão ao continente 5 ou 6 docentes de cada disciplina para a realização de formação, que será replicada na região durante o próximo ano lectivo. No ano seguinte, que será o da generalização, os mesmos docentes farão o acompanhamento do processo nas escolas da Região.

5. Rede Valorizar (Novas Oportunidades, versão Açores) – 3 centros, um em cada sede de ex-distrito e com as respectivas áreas de abrangência. Cada Centro será dotado de professores e técnicos da Direcção Regional do Trabalho e Qualificação Profissional. Os Centros de Reconhecimento e Validação de Competências, em termos legais, ainda não vão ser extintos, mas, em termos operacionais, deixarão de aceitar candidaturas. Os professores seleccionados deverão ter disponibilidade para trabalhar ao Sábado.

6. Reforço da Autoridade Docente – dos pareceres enviados, destacam-se os seguintes aspectos: assiduidade dos alunos; efeitos da progressão/retenção; medidas disciplinares; medidas preventivas da indisciplina; e intervenção da escola.

 

7. DRR da avaliação – A SREF destacou as faltas com perda de vencimento e as injustificadas como faltas penalizadoras e apresentou telegraficamente as faltas equiparadas a serviço efectivo. Durante o próximo mês, irão equipas da DRE dar formação nas escolas no âmbito da avaliação de desempenho (para todos os professores avaliadores e avaliados) a saber: dia 2 Escola Básica Tomás de Borba; dia 3 Escola Básica Integrada da Praia da Vitória e Escola Básica e Secundária das Flores; dia 4 Escola Básica Integrada Mouzinho da Silveira (Corvo); dia 6 Escola Básica e Secundária da Graciosa, Escola Básica e Secundária da Madalena, Escola Básica e Secundária de São Roque do Pico e Escola Secundária Antero de Quental; dia 7 Escola Básica Integrada Roberto Ivens, Escola Secundária das Laranjeiras, Escola Básica e Integrada da Horta, Escola Básica e Secundária das Velas, Escola Básica e Secundária da Calheta e Escola Básica e Integrada do Topo; dia 8 Escola Básica Integrada Canto da Maia, Escola Básica Integrada da Ribeira Grande e Escola Básica Integrada da Lagoa; dia 9 Escola Básica Integrada de Rabo de Peixe, Escola Básica Integrada de Água de Pau e Escola Secundária da Lagoa; dia 10 Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade e Escola Básica e Secundária da Povoação; dia 13 Escola Secundária Vitorino Nemésio e Escola Básica Integrada dos Biscoitos; dia 14 Escola Básica dos Arrifes; dia 15 Escola Básica Integrada da Maia; dia 16 Escola Básica Integrada de Vila de Capelas; e dia 20 Escola Básica e Secundária de Santa Maria. Os Conselhos Executivos chamaram a atenção para o facto de haver datas coincidentes com reuniões de avaliação e com janelas de formação. A DRE respondeu que seriam feitas alterações nos casos em que existissem coincidências.

8. Resultados da avaliação das experiências pedagógicas – Segundo a DRE, o conteúdo dos relatórios foi dispar, o que difícultou a sistematização das conclusões. A Secretária Regional da Educação e Formação ao ser questionada pelo SPRA relativamente à divulgação dos resultados respondeu que iria tentar fazer uma síntese que seria tornada pública.

9. Proposta de Matriz Curricular 2009/10 (ver documentação) – O SPRA questionou a SREF acerca da legalidade do processo, uma vez que, de alguma forma, já não estamos no âmbito das experiências pedagógicas, mas no da generalização de uma nova matriz curricular. Na prática, temos um despacho a alterar um Decreto-Lei, pois, das áreas curriculares não disciplinares, desapareceram o Estudo Acompanhado e Área de Projecto, sendo criada uma nova área curricular não disciplinar, denominada de Intervenção e Apoio Multidisciplinar. Acresce o facto de o Inglês estar a ser assumido como área disciplinar no 1º Ciclo do Ensino Básico. Nesta perspectiva, o 1º Ciclo nunca será leccionado em regime de monodocência, já que o Inglês (curricular) e a Educação Física são leccionados por outros docentes.

A SREF parece querer voltar, de forma definitiva, ao regime da monodocência. Os Conselhos Executivos manifestaram a dificuldade de fazer horários em que o Inglês ou a Educação Física fossem exclusivamente leccionados no início da manhã ou no fim da tarde. Ou seja, será quase impossível fazer horários do 1º Ciclo sem os segmentar.

Destaca-se, ainda, que alguns Conselhos Executivos começam a aproximar-se das posições do SPRA relativamente à uniformização de horários e de reduções da componente lectiva por antiguidade, em todos os sectores e níveis de ensino.

Este será, seguramente, mais um ponto de discórdia entre os professores e a SREF durante o próximo ano lectivo.

10. Programa Oportunidade (ver documentação) – A SREF foi questionada sobre a alteração do número de alunos de 15 para 20 e não deu qualquer resposta. No entanto, aceitou que as turmas tivessem, no Oportunidade I, professores do 1º Ciclo e assumiu, para o futuro, a necessidade de se apoiar mais precocemente as crianças com dificuldades de aprendizagem, de forma a que os percursos alternativos tenham cada vez menos expressão. Os programas de recuperação de escolaridade vão sair do RGAPA e serão plasmados em portaria própria.

11. Horários e Turmas do Pré-Escolar – os professores com redução por antiguidade só podem fazer, até 2 horas, actividades de acompanhamento de alunos, em caso de ausência de professor. Estas horas não são cumulativas com os dois segmentos obrigatórios de trabalho directo com alunos, dos quatro segmentos da componente não lectiva de estabelecimento. Ou seja, nas horas de estabelecimento, podem estar com alunos, mas nunca em ambiente de sala de aula.

Os Directores de Turma vão deixar de contabilizar as aulas previstas e dadas dos colegas para efeitos dos 90% de leccionação mínima. Esta tarefa passa a ser realizada pelos Conselhos Executivos.

As turmas padrão do Pré-Escolar passam a ter 20 alunos.

O SPRA saúda este conjunto de medidas, pois correspondem, parcialmente, à satisfação de reivindicações deste Sindicato e dos Professores e Educadores.

13. Escolas de Referência – serão, no âmbito da Educação Especial, criadas escolas de referência nos Açores. Surdos: EBI dos Arrifes para o Pré-Escolar e Ensino Básico, Domingos Rebelo para o Secundário e EBI de Angra para o Pré-Escolar e Ensino Básico. Invisuais: Escola Básica Tomás de Borba para o Pré-Escolar e Ensino Básico.

14. Resultados das PASES

Língua Portuguesa: média 61% no 4º ano, 55% no 6º ano e 54% no 9º ano.

Matemática: média 54% no 4º ano, 44% no 6º ano e 33% no 9º ano.

Estatuto da Carreira Docente ‘longe de ser ideal’

 

A Assembleia Legislativa dos Açores aprovou esta sexta-feira, apenas com os votos favoráveis da maioria socialista, as alterações propostas pelo Governo ao Estatuto da Carreira Docente, já que PSD, CDS/PP e BE abstiveram-se e PCP e PPM votaram contra.

Depois de ter sido aprovado pela primeira vez em Agosto de 2007, o Estatuto da Carreira Docente no arquipélago sofreu agora a sua primeira revisão, devido à forte contestação que gerou entre os professores.

“Lamento profundamente que o parlamento tenha aprovado algumas normas do estatuto que são claramente discriminatórias e vão contribuir para a divisão da classe na região, como é o caso da observação de aulas”, disse à Lusa Armando Dutra, do Sindicato dos Professores da Região Açores.

Reconhecendo a importância do diploma, o sindicalista considerou que este “deveria ter sido alvo de um debate parlamentar mais alargado, para que a votação final fosse mais consensual”.

Horários, condições de trabalho e estrutura da carreira docente são aspectos que este sindicato considera não terem sido corrigidos e que vão obrigar a uma segunda revisão do Estatuto da Carreira Docente “num curto espaço de tempo”.

“O tempo vai encarregar-se de demonstrar que este estatuto não está bem e precisa ser corrigido”, afirmou Armando Dutra, acrescentando que os professores irão reflectir e definir outras formas de luta para demonstrar o seu descontentamento.

Ver o artigo na íntegra

Alteração do Despacho Normativo nº 48/2005

Plenário Sindical na Ilha Terceira
 
 
 

Decorreu, a 19 de Outubro, no auditório do Centro Cultural de Angra do Heroísmo, um plenário sindical, onde foram debatidos e analisados os problemas relacionados com a aplicação do Estatuto da Carreira Docente nos Açores.

 
 
 
Com um auditório cheio, (mais de 200 professores e educadores), o presidente do SPRA, Armando Dutra, referiu-se ao crescente desencanto da profissão docente, resultante da funcionarização do desempenho profissional, que tem relegado para segundo plano os aspectos essenciais da profissão. A arregimentação dos professores, feita pela administração educativa, ao desempenho de tarefas que muitas vezes não se enquadram no conteúdo funcional da profissão, pondo em causa a autonomia e a liberdade dos docentes, é geradora de um profundo descontentamento e desmotivação.
 
 

Realçou-se a importância da gestão democrática das escolas e a necessidade de participação activa de todos os docentes, relativamente, não só à exigência do cumprimentos dos seus deveres, mas, também, à reivindicação dos seus direitos, nomeadamente o direito à protecção na saúde e a uma avaliação justa e de natureza essencialmente formativa.
 
Neste plenário, foram inúmeras as dúvidas resultantes da aplicação do ECD na Região, a que o SPRA procurou dar o devido esclarecimento.
 
 
 

MANIFESTAÇÃO ENVOLVE MAIS DE 200 MIL TRABALHADORES

 
 
 
 
 
 
 

Hoje, mais uma vez, os trabalhadores Portugueses, dos sectores público e privado, inundaram as ruas de Lisboa, desta feita rumo ao Parque das Nações, onde decorria a Cimeira dos Chefes de Estado da União Europeia, para mostrar o seu descontentamento em relação às políticas deste Governo, que pouco se importa com aqueles que verdadeiramente trabalham.

 

 

Foram mais de 200 mil os manifestantes que, de uma forma veemente, mostraram outro cartão vermelho ao executivo de Sócrates.

 



 
A manifestação, organizada pela mais representativa central sindical Portuguesa – CGTP-IN, que contou com uma delegação da CGTP-IN / Açores e com a presença do Sindicato dos Professores da Região Açores – SPRA, integrado numa forte representação da FENPROF, mostrou que, de facto, há razões para lutar.

Foi visível a total reprovação das políticas educativas por parte dos professores e educadores, que, mais uma vez, deram sinais evidentes de que lutarão, de forma convicta e determinada, até que se operem as mudanças desejáveis.

Plenários Sindicais

Plenários Sindicais
19 de Outubro Centro Cultural de Angra do Heroísmo  – Terceira 14h00
29 de Outubro Coliseu Micaelense  – São Miguel 09h00 às 17h00
31de Outubro EBS da Graciosa  – Graciosa 13h00 às 17h00
Auditório Municipal de Velas  – São Jorge 13h30 às 17h30
02 de Novembro Sala de Formação da EBS de Santa Maria  – Santa Maria 13h30 às 17h00
07 de Novembro Anfiteatro da EBS das Flores  – Flores 09h00 às 13h00
08 de Novembro EBI Mouzinho da Silveira  – Corvo 14h00 às 17h30
14 de Novembro Auditório da EBS da Madalena  – Pico 09h30 às 16h30
15 de Novembro Sala de reuniões do Hotel Horta  – Faial 13h30 às 17h00
Para os docentes do Ensino Público as faltas são justificadas ao abrigo do artigo 29º do Decreto-Lei n.º 84/99 de 19 de Março e para os docentes do Ensino Particular, Cooperativo e IPSS são justificadas ao abrigo do artigo 497º da Lei 99/2003 de 27 de Agosto.

 

C-DRE/2007/10

C-DRE/2007/10

A presente circular estabelece as orientações a respeitar na adopção dos manuais escolares para o ano lectivo de 2007/08, referentes aos 1.º, 8.º (com excepção das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática), 10.º(com excepção da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação) e 11.º (apenas na disciplina de Língua Estrangeira III ? nível de iniciação) anos de escolaridade.

(consulte em formato doc )

SPRA Informação n.º 39

 
Abril / Maio de 2005

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