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Concursos do MEC 2015

 

 

 

LISTAS DE COLOCAÇÃO no site da DGAE

Concurso interno: http://www.dgae.mec.pt/_main/listas2015/def_ci_ce/ci/listas_ci.html#lista

Concurso externo: http://www.dgae.mec.pt/_main/listas2015/def_ci_ce/ce/listas_ce.html#lista

 

 

“Currículo escolar – uma questão essencialmente política?”

(Galeria de imagens aqui)

A sessão iniciou-se com António Lucas, presidente do SPRA que explicou os objetivos do ciclo de conferências proposto pela FENPROF. Referiu que o SPRA optou por discutir e analisar a questão dos Currículos uma vez que nos Açores mantém-se uma matriz curricular que não fez o empobrecimento do currículo verificado no continente.

 

A primeira oradora, Margarida Serpa, apresentou uma comunicação com o título “Currículo, políticas curriculares e avaliação”.

 

Após apresentar a definição académica de currículo, concluiu que o mesmo é o conjunto de conhecimentos a adquirir e também a prática diária que fazemos nas nossas escolas, considerando que “a nossa ideia de currículo vai influenciar a nossa prática pedagógica”.

 

Defendendo que as decisões políticas face ao currículo são instituídas por uma entidade ou por todos os elementos da comunidade, a docente da Universidade dos Açores levanta determinadas questões: “Que interesses estão por detrás dessas políticas?” “Quais os fatores que as condicionam?”.

 

Sustenta que, tudo o que se aprende e ensina nas escolas “forma um perfil de aluno”, e isso depende de uma orientação política que é determinante do perfil de aluno que se pretende. Sendo assim, pode-se afirmar que, o que sustenta essa ideia é uma questão ideológica. O que é necessário é saber o que é prioritário ensinar, isto é: que conteúdos e competências se devem priorizar. Segundo a OCDE existe um condicionamento de empregadores e de associações profissionais que defendem que se deve formar alunos para o mundo do trabalho. Os conteúdos e competências são assim determinados e condicionados pelo mundo empresarial que desenha o perfil de alunos que se pretende.

 

Ainda segundo a OCDE, Portugal encontra-se bem posicionado no que diz respeito ao acesso à escola. No ensino pré-escolar e no ensino obrigatório, Portugal apresenta-se com bons indicadores. No entanto, o sucesso escolar é abaixo da média, os diplomados do ensino básico são abaixo da média dos países da OCDE.

 

“A lógica do aluno”

 

Margarida Serpa afirmou que o grande desafio do ensino é “o professor apropriar-se da lógica do aluno”. A lógica do aluno não é a dos conteúdos, por isso o professor tem que ter a disponibilidade para uma relação mais próxima com o aluno de forma, essencialmente pelo estímulo da descoberta. Sendo assim, afastamo-nos do modelo tradicional do currículo que centra o seu foco nos conteúdos e nos objetivos.

 

Mas, levanta-se novamente a questão: “Quem define o currículo escolar?”. Podemos constatar que quem define o currículo é o Ministério da Educação, Associações, Sindicatos, Editoras, etc e também, segundo a professora, a Avaliação. A avaliação tem aqui com um papel determinante na definição do currículo. Sendo assim, a avaliação assume também uma perspetiva ideológica. Podemos vê-la como um controlo dos resultados a nível central. Este aspeto é verificável pelo papel que os exames nacionais assumem no sistema educativo.

 

Por último, a professora e investigadora da Universidade dos Açores, levanta as seguintes questões: “quem formamos?”, logo, “que politicas a adotar?”.

 

Reconhecendo que a “avaliação serve para a construção e re/construção do currículo” afirma que se dá demasiado relevo à avaliação sumativa dos alunos e que isso influência a organização do ensino, a obtenção de apoios sociais, o acesso a cursos, a comparação de desempenhos, a entrada no mundo laboral, etc…assumindo assim a avaliação um forte papel social e politico, nomeadamente uma pressão social junto dos professores, principalmente no cumprimento dos programas, para os exames nacionais, e na determinação do que se ensina e no perfil de aluno que se pretende.

 

O segundo orador, Francisco Sousa, apresentou uma comunicação intitulada Currículo Escolar – Uma questão política (e não só) 

 

Começando por defender que a educação é um bem comum e deve ser governado por todos e para todos, o docente e investigador afirmou que seria redutor abordar o currículo de uma forma somente científica e técnica. Fazendo uma perspetiva histórica da evolução do papel do currículo na sociedade, Francisco Sousa, citou vários autores dos EUA, percursores do currículo, que refletiram sobre a importância que a educação possui na sociedade, nomeadamente Bobbit e Charters (1918) que realçaram que o papel da escola podia levar à “eficiência social”. Este “Darwinismo Social”, refletido pelos testes de QI propostos por Alfred Binet, aplicados aos emigrantes que chegavam aos EUA, levava a que a avaliação permitisse a seleção e a segregação social, logo a uma “perspetiva eugenista” da sociedade.

 

“Orientação social”

 

As escolas são assim vistas como vias diferenciadoras de acesso social. As escolas são consideradas como “orientação social”, acentuando mesmo as diferenças existentes.

 

É nos anos 70 que o currículo se assume essencialmente como orientação politica, principalmente com a Teoria Critica defendida por Habermas. É nesta altura que se discute que a determinação do que se ensina pode levar à Inclusão ou à Exclusão. Há interesses que se sobrepõem ao que se ensina, e isso leva a questionar “quem beneficia? E quem fica prejudicado?” quanto ao que se ensina nas escolas, isto é, ao currículo que é prescrito num determinado momento. Os autores da Teoria Critica defendiam que a escola e o currículo deveriam levar à quebra de diferenças sociais.

 

Francisco Sousa referiu que o sistema educativo possui clientes que visam a satisfação de interesses comerciais, e deu como exemplo a questão do “empreendedorismo na escola”. Este aspeto a quem interessa? Quem beneficia mais? As organizações empresariais que observam os alunos mais dotados veem na escola o espaço de recrutamento para a sua mais-valia empresarial e consequente melhoria nos negócios. Estas organizações possuem interesses específicos nas dinâmicas da escola e por isso mesmo influenciam projetos e currículos escolares.

 

A Teoria Pós Critica que se diferencia da Teoria Critica, perceciona o currículo como “experiência subjetiva”, orientado principalmente para a questão da(s) “Identidade(s)” e apelando às “diversidades curriculares”. “Como é que eu me sinto face a um currículo que não é representativo da minha cultura?”, questionou Francisco Sousa, afirmando que, presentemente, o “currículo é sempre mais representativo da cultura dominante”. No entanto, defende que o currículo deve ser um “currículo culturalmente sensível com diferenciação”. Só essa visão e orientação podem levar a uma maior coesão social.

 

Adiantou que, em Portugal existe regulação curricular que é bastante forte à entrada no sistema de ensino e agora com o grande impacto dos exames nacionais assiste-se também a uma forte regulação à saída do sistema.

 

O docente universitário deu como exemplo o que aconteceu nos EUA na época de G.W Bush em que houve uma total desregulação do sistema de ensino proveniente dos “efeitos perversos da avaliação externa” por parte de empresas privadas que ganharam milhões de dólares ao realizarem estes testes de avaliação.

 

A avaliação externa funcionava como um “fim em si mesmo”, levando a que fossem desviados da Administração imensos fundos para os privados procederem à avaliação do sistema, levando a que fossem constituídas PPP’s na educação. Exemplo que já vamos observando em Portugal, nomeadamente com a aplicação do teste de Inglês, nas escolas públicas, por parte de uma Instituição Privada chamada Cambridge.

 

Por fim, Francisco Sousa, defendeu que o “currículo deve ser um espaço de deliberação”. Só assim se apela à participação dos intervenientes e se fomenta a diversidade e coesão social, princípios fundamentais numa escola que se pretende de todos e para todos.

 

Por fim, Mário Nogueira interveio afirmando que as alterações curriculares serviram essencialmente para despedir professores. A política de redução da despesa na educação foi feita pela redução de docentes, uma vez que os alunos baixaram 6% e os professores 21%! Assim, constata-se que a redução de docentes não se fez por via da existência de menos alunos no sistema, mas sim por uma vontade política e orientação ideológica de minimizar a escola pública. Afirmou mesmo que, esta orientação ideológica não quer acabar com a escola pública, uma vez que precisa dela para os alunos que não conseguem aceder ao ensino privado e para a tornar numa grande escola profissional. Foi com esta visão, de separação de alunos e não de integração de todos, que se procedeu às alterações curriculares, visando que se fomentem diferenças sociais a partir de formação escolar. Uns terão acesso ao ensino privado orientado para o ensino superior e outros estarão na escola pública a formarem-se como técnicos para o mundo do trabalho, numa perspetiva de ensino dual, modelo que Crato protocolou com o governo alemão. As metas curriculares, determinadas por este governo, servem esse propósito, servem para apurar e discriminar. Com esta política a escola pública tem que discriminar e selecionar o mais cedo possível, os alunos, diferenciando-os nas diversas vias de ensino.

 

Finalizando, Mário Nogueira teceu várias considerações sobre o assunto da ordem do dia, a chamada “municipalização da educação” que não é mais do que um contrato de delegação de competências em que, por exemplo, contratualiza-se que os municípios vão poder decidir 25% do currículo dos alunos. Esta medida de entregar aos municípios a “gestão” das escolas e de parte do currículo é um verdadeiro ataque à autonomia escolar, pois está a retirar competências da escola para as transferir para o município. A FENPROF promoveu, no início de junho, um referendo aos professores que manifestaram contra esta medida política de transferências de competências. Não é assim que se constrói a verdadeira autonomia, não é assim que se valoriza a escola pública e os professores souberam e saberão responder a mais este ataque à sua dignidade profissional, conclui o Secretário-geral da FENPROF./ Fernando Vicente

 

 

 

Os Exames Nacionais como Instrumento de Ação Política

 

 

 

 

Tal como era previsível, os resultados dos exames nacionais dos 4.º e 6.º anos, do presente ano letivo, foram melhores do que os dos anos anteriores, a tal facto não será estranha a proximidade de eleições para a República e a necessidade de demonstrar as fragilidades da política educativa do Governo cessante, no início desta legislatura, e o acerto das referidas políticas do atual Governo.

 

Assim, os exames aparecem, não só como um processo precoce de seriação de alunos, mas também, como um instrumento de ação e propaganda política. Aliás, todos nos lembramos do incómodo demonstrado pelos responsáveis políticos da Educação aquando da publicação dos resultados dos testes Pisa de 2012, publicados em 2013. O facto de os alunos portugueses terem melhorado naquele teste internacional foi “uma pedra na engrenagem” montada pela equipa do Ministério da Educação, exatamente porque a melhoria não podia ser atribuída ao atual Governo.

 

            Os exames por amostragem servem para regulação do sistema educativo, os exames de final de ciclo de todo o ensino básico podem ser utilizados como instrumento de ação e propaganda política.

 

Angra do Heroísmo, 16 de junho de 2015

A Direção do SPRA

SPRA solicita audiência ao SREC

 

 

 

 

Exmo. Senhor

                                                                   Secretário Regional da Educação e Cultura

N/Ref.                                                                                  Data

03.45/2015                                                                       8/06/2015

ASSUNTO: Pedido de reunião

            O processo negocial do Estatuto da Carreira Docente nos Açores foi negociado e assinada uma ata negocial durante o mês de março. Contudo, tendo decorrido mais de dois meses desde a conclusão do referido processo, não tendo sido publicitada, nem pela comunicação social, nem pelos órgãos de comunicação pública do Governo, a aprovação, em Conselho desse órgão, das alterações ao diploma em apreço, considera o Sindicato dos Professores da Região Açores que o Estatuto da Carreira Docente nos Açores dificilmente poderá vir a ser aprovado na Assembleia Legislativa Regional, de forma a poder entrar em vigor no próximo ano letivo.

 

            Lembramos V. Ex.ª de que, no programa eleitoral do Partido Socialista e no programa do atual Governo, foram definidos compromissos de timings legislativos na área da Educação que estão longe de serem cumpridos.

 

            Face ao exposto, solicitamos a V. Ex.ª a realização de uma audiência para discussão do assunto em epígrafe.

            Com os melhores cumprimentos,

                                                                                  O Presidente do SPRA

            

Ciclo Conferências Fenprof 2015 – Galeria de imagens

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No âmbito do Ciclo de Conferências que a FENPROF realizou em todas as regiões do país, no dia 06 de junho, no auditório do Hotel VIP Executive, pelas 10 horas, foi discutido o tema: “Currículo escolar – uma questão essencialmente política?”. Os oradores foram a Prof. Doutora Margarida da Silva Damião Serpa e o Prof. Doutor Francisco José Rodrigues de Sousa, ambos da Universidade dos Açores, Departamento de Ciências da Educação, respetivamente,  dos pólos de Ponta Delgada e Angra do Heroísmo, e Mário Nogueira, Secretário-Geral da FENPROF, tendo sido moderador o Prof. Doutor Carlos Alberto Gomes Ribeiro, do Departamento de Biologia da Universidade dos Açores, e dirigente do Sindicato dos Professores da Região Açores.

 

O Ciclo de Conferências FENPROF 2015, que teve início no dia 11 de abril, em Évora, e que  terminou com esta conferência, a 6 de junho, em Ponta Delgada, tem como objetivofazer um ponto de situação sobre o preocupante estado em que o atual governo da República e o Ministério de Nuno Crato, prestes a concluírem um mandato muito negativo, deixam a Educação. Através das oito conferências, pretende-se ainda avaliar as políticas para a Educação desenvolvidas ao longo da Legislatura, construir propostas que serão apresentadas aos partidos políticos que se irão candidatar às próximas eleições legislativas e apresentar aos partidos políticos com representação parlamentar um conjunto de questões, cujas respostas serão divulgadas junto dos professores, em número especial da revista da FENPROF, a publicar no início de setembro.

 

Os temas escolhidos para o Ciclo de Conferências FENPROF são estruturantes, logo fundamentais à defesa da Escola Pública e da Profissão de Professor: autoridade profissional docente, autonomia e gestão das escolas, descentralização do sistema educativo (em confronto com municipalização), currículo escolar, inclusão, ensino superior e ciência e o papel das autonomias regionais na definição das políticas educativas.

 

Numa altura em que tanto se discutem as metas curriculares e a necessidade de se repensar o currículo escolar, o SPRA/FENPROF proporcionaram, através desta Conferência, que contou com  especialistas sobre o tema, mais um momento importante de reflexão sobre esta matérias.

 

Considerando que Mário Nogueira, Secretário Geral da FENPROF, esteve presente nesta conferência, o SPRA aproveitou para fazer a apresentação do seu livro, recentemente lançado, intitulado O Futuro da Escola Pública, com fins solidários, uma vez que as suas receitas serão canalizadas para a construção de Escolas na Faixa de Gaza.

 

 

A  FENPROF e o SPRA agradecem a todos/as os/as que estiveram presentes.

 

                                                                               O Secretariado Nacional

Concurso externo extraordinário de provimento para o ano escolar de 2015/2016

 

 

Ex.mos/as Senhores/as

 

Encarrega-me a Senhora Diretora de Serviços de Recursos Humanos de chamar novamente a atenção de V. Ex.as e solicitar o melhor empenhamento na divulgação, junto do pessoal docente das seguintes informações:

 

Concurso externo extraordinário de provimento para o ano escolar de 2015/2016

É disponibilizada hoje a lista de colocações dos candidatos ao Concurso Externo Extraordinário de Provimento de Pessoal Docente 2015/2016, cujo período de candidaturas decorreu entre 2 e 13 de fevereiro.

Essa disponibilização ocorrerá na Internet, no endereço eletrónico http://concursopessoaldocente.azores.gov.pt.

 

Nos termos da lei, os candidatos colocados deverão proceder à aceitação da colocação perante a Direção Regional de Educação, nos próximos 5 dias úteis, por e-mail enviado para o endereço concursopessoaldocente@azores.gov.pt, ocorrendo a integração no lugar do quadro onde obtiveram colocação no próximo dia 1 de setembro.

 

A falta de comunicação feita nos termos do parágrafo anterior, ou a não aceitação da colocação, determina a anulação dessa colocação e a impossibilidade do candidato prestar serviço em qualquer estabelecimento de educação e ensino da rede pública da R.A.A. no próximo ano escolar e nos dois anos escolares subsequentes, não podendo, portanto, apresentar-se aos procedimentos concursais que para esses anos forem abertos, pela DRE e pelas escolas.

 

 

 

Atenciosamente,

 

Eunice C. Silveira

Chefe de Divisão de Gestão do Pessoal Docente

Avaliação em contexto de Educação Pré-Escolar

Na sequência do pedido da FENPROF realizou-se no passado dia 7 de maio na Direção Geral de Educação uma reunião para abordar questões relativas à avaliação em contexto de Educação Pré-Escolar.

 

Neste encontro, que a delegação sindical avalia de forma globalmente positiva,  a DGE foi questionada sobre a informação prestada pelo Secretário de Estado no encontro relativo ao Estudo de Avaliação das Orientações Curriculares e da Qualidade na Educação Pré-Escolar, realizado em fevereiro, de que estaria a ser elaborado um documento sobre avaliação na Educação Pré-Escolar e que o mesmo seria concretizado em junho.

 

Como preocupações relativamente a essa matéria, a delegação sindical colocou, entre outras, a necessidade de existirem períodos para avaliação coincidentes com os do 1º CEB dando nota que na nossa perspetiva e como vimos defendendo desde 2001, isto implica a alteração da situação relativa ao calendário escolar para a Educação Pré-Escolar. Como exemplo de que é possível outra solução, referimos a situação na Região Autónoma dos Açores onde se constata que o facto do calendário escolar para a EPE e o 1º CEB serem iguais contribui para o desenvolvimento de um melhor trabalho e uma maior e melhor articulação entre os dois setores de educação, nomeadamente por altura dos momentos de avaliação.

 

A FENPROF defende que a implementação de quaisquer orientações sobre avaliação na Educação Pré-Escolar deverá ser antecedida de um período experimental de modo a testar procedimentos e instrumentos e aferir da sua exequibilidade e que, durante esse período deverá haver espaço para um amplo debate onde todos os intervenientes possam participar.

 

Relativamente a esta questão, foi assumido pela DGE que as OCEPE são a base para a avaliação e que, assim sendo, não poderão existir sumários que compartimentem os tempos letivos nem grelhas que sirvam de ficha de avaliação quantitativa. De igual forma foi prestada a informação de que as “novas” OCEPE mantêm a base do documento ainda em vigor, tendo sido apenas reestruturadas as áreas que o MEC considerou serem mais deficitárias, como as ciências e as TIC, o que vai de encontro à opinião manifestada pelas/os educadoras/es de infância. Adiantou ainda a DGE que, na sequência da publicação das novas OCEPE, promoverá ações de formação para os educadores de infância sobre a aplicação das mesmas e que procederá à publicação de documentos de apoio à sua implementação.

 

A DGE afirmou ter conhecimento de situações que ocorrem em agrupamentos que não respeitam o previsto nas OCEPE nem na Circular nº 4 /DGIDC/DSDC/2011 e, nesse sentido, informou que na reunião que a DGE irá realizar com as direções dos agrupamentos de escola em outubro, se propõe agendar um painel sobre questões da educação pré-escolar nomeadamente planificação, avaliação, sumários, OCEPE, entre outras. Reconheceu o mau entendimento que existiu relativamente aos objetivos das metas de aprendizagem, afirmando que as mesmas serviam apenas como referencial e que não foi intenção de nenhum governo transformá-las em lei, reforçando que as OCEPE são a legislação em vigor que deve orientar os educadores; 

 

Informou ainda que em junho será divulgado o documento resultante da revisão das OCEPE que estará em discussão pública durante o período de um mês remetendo para esse momento a possibilidade da FENPROF se pronunciar sobre o assunto.

 

A delegação sindical avançou ainda a posição da FENPROF relativa à obrigatoriedade de frequência da Educação Pré-Escolar, isto é, no ano imediatamente anterior ao ingresso no 1º CEB tendo o Dr. Pedro Cunha admitido que, perante determinadas circunstâncias (nomeadamente meios desfavorecidos) a obrigatoriedade poderia ser uma solução para garantir o acesso a este setor de educação. Ficou claro que não é, no entanto, uma temática que neste momento seja consensual nem de discussão prioritária na DGE.

 

FENPROF ENTREGA EXPOSIÇÃO AO PROVEDOR DE JUSTIÇA, E PEDE A SUA INTERVENÇÃO, NO SENTIDO DE SER APLICADA NO ENSINO SUPERIOR A DIRETIVA COMUNITÁRIA 1999/70/CE, SOBRE VINCULAÇÃO E REMUNERAÇÕES

 

FENPROF entrega exposição ao Provedor de Justiça, solicitando a sua intervenção

A FENPROF entregou (15/05/2015) na Provedoria de Justiça uma exposição, com pedido de intervenção do Senhor Provedor de Justiça, no sentido de ser aplicada aos docentes do ensino superior, incluindo leitores, e investigadores a diretiva comunitária que impõe limites à contratação a termo.

 

Neste documento é ainda colocado o problema com que se confrontam muitos docentes que, não tendo conseguido concluir as habilitações exigidas para integração da carreira, porque não lhes foram criadas condições laborais e académicas que o permitissem, poderão ser despedidos no final do ano em curso, caso não seja alargado o período transitório que foi estabelecido para esse efeito.

 

A FENPROF divulga cópia do documento apresentado e aguarda, agora, a intervenção solicitada ao Senhor Provedor de Justiça.

 

O Secretariado Nacional da FENPROF
16/05/2015 

“EXAMITE” AGUDA

“EXAMITE” AGUDA

 

Doença politicamente contagiosa

 

            As escolas da Região estão a ser assoladas pela doença infligida pelo Ministro Nuno Crato e que o Governo Regional nada fez para combater. Para além dos exames de Inglês da Cambridge School, que mais não são do que uma parceria público-privada em benefício de uma multinacional da educação, os docentes e alunos dos Açores começam a realizar os exames dos 4.º, 6.º e 9.º anos do Ensino Básico.

 

            Se para o Continente são conhecidos os motivos políticos para a seriação precoce dos alunos dos 4.º e 6.º anos de escolaridade, na Região, as motivações representam, ainda, uma incógnita, uma vez que consideramos que o Governo Regional poderia ter optado por um caminho diferente.

 

            Objetivamente, a seriação tornou-se mais importante do que a lecionação, fazer exames passou a ser mais importante do que ensinar, o serviço de exames encurtou o calendário letivo, os professores foram desviados das suas turmas e do processo ensino-aprendizagem para irem vigiar as provas de exame de outros alunos, de outras escolas, inclusivamente, de escolas privadas.

 

            Esta “ressurreição” dos exames, nomeadamente os da “4.ª classe”, não se resume a um “saudosismo bafiento”, mas tem como principal objetivo o encaminhamento precoce dos alunos para percursos formativos diferenciados, em última instância, a mobilização dos alunos e dos recursos humanos submete-se a desígnios políticos que visam um Ensino Básico diferenciado e com percursos pré-determinados.

 

            Por último, uma referência à sobrecarga de trabalho que este processo tem constituído para os docentes, que, para além da preparação e lecionação das suas aulas, de todas as tarefas que têm que realizar nas escolas, são confrontados, ainda, com reuniões de preparação dos exames e respetivas vigilâncias e correções.

 

                                                                                              A Direção

Ciclo Conferências Fenprof 2015

 

 6 junho, em Ponta Delgada, Auditório do Hotel VIP, 10h.

 

Participe!

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