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Professores em vigília durante dois dias à porta do ME

Cordão humano parte do Parque Eduardo VII, em Lisboa, na sexta-feira

Os professores iniciam hoje, a partir das 11h00, uma vigília de dois dias junto ao Ministério da Educação, em Lisboa. As negociações do Estatuto da Carreira Docente, uma proposta que tem merecido as mais duras críticas por parte dos sindicatos, são retomadas amanhã.

“Esta vigília não pretende ser um protesto de massas, mas sim um sinal ao Governo de que os professores não vão abdicar de lutar nem tão pouco desistir”, afirmou em declarações à Lusa Mário Nogueira, porta-voz da plataforma que reúne 14 sindicatos do sector.

O protesto, que se prolonga até às 12h00 de sexta-feira, deverá contar com a presença permanente de cerca de 50 docentes, que receberão a visita de deputados de todos os partidos políticos, incluindo o PS. Diversas outras personalidades manifestarão também o seu apoio.

Animação cultural e musical por parte de grupos vai igualmente marcar o protesto à porta do Ministério da Educação (ME), na Avenida 5 de Outubro. Além da vigília, as estruturas sindicais promovem, na sexta-feira, um plenário nacional de professores e educadores no alto do Parque Eduardo VII. São esperadas cerca de três mil pessoas para avaliar o processo de negociação suplementar, que arranca amanhã.

Negociação suplementar

Um cordão humano de professores e educadores até ao Ministério da Educação, onde será entregue um abaixo-assinado com cerca de 60 mil assinaturas, encerra, no mesmo dia, mais uma jornada de contestação.

A polémica negociação relativa à revisão do Estatuto da Carreira Docente, que teve início em Maio, terminou no final de Outubro sem ter sido alcançado qualquer acordo entre a tutela e os sindicatos, num processo em que os professores acusaram o ME de “intransigência e inflexibilidade”.

Findo o período regular, as organizações sindicais accionaram a negociação suplementar, que, segundo a legislação, deve ser presidida pela ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, podendo prolongar- se por 15 dias.

A divisão da carreira em duas categorias (professor e professor titular) e a introdução de quotas para aceder à segunda e mais elevada são os aspectos mais contestados pelos docentes. Também a avaliação de desempenho dependente de critérios como os resultados escolares e as taxas de abandono dos alunos é criticada.

O novo ECD, que a tutela quer aplicar a partir de 1 de Janeiro, já motivou duas greves nacionais e duas manifestações, a última das quais, a 5 de Outubro, reuniu em Lisboa mais de 20 mil docentes.

Lusa, 15/11/2006

Concerto de piano no âmbito do programa “Artes do Palco”

A Direcção Regional da Cultura do Governo dos Açores, promove, em parceria com as câmaras municipais de Santa Cruz da Graciosa, Praia da Vitória e Ribeira Grande, um séria de concertos de piano de João Bettencourt da Câmara, no âmbito da programação da “Artes do Palco”.

O recital inclui obras de Beethoven, Chopin e Francisco Lacerda, e terá lugar, sempre às 21:30 horas, no centro Cultural da Ilha Graciosa (dia 11 de Novembro), no Auditório do Ramo Grande, na Praia da Vitória (dia 12), e no Teatro Ribeiragrandense (dia 14).

SPRA Informação n.º 45

Junho/Julho de 2006

M.E. ENCERRA REVISÃO DO ECD MAS NÃO ENCERRA A LUTA DOS PROFESSORES!

 

M.E. ENCERRA REVISÃO DO ECD MAS NÃO

ENCERRA A LUTA DOS PROFESSORES!

 

O Ministério da Educação deu  por terminado (20/11/2006) o processo de revisão do ECD, aguardando-se, no entanto, uma última versão que poderá contemplar mais algumas pequenas alterações ao seu projecto.

Na reunião realizada na segunda-feira, dia 20, o ME revelou uma atitude fechada, próxima da que assumiu praticamente ao longo de todo o processo negocial.

Sabendo que o ME se recusava a alterar aspectos que considera essenciais no seu projecto, a FENPROF apresentou propostas que visavam salvaguardar diversos direitos que, contudo, não foram aceites. De entre as propostas apresentadas pela FENPROF, destacavam-se:

– A aplicação aos docentes dos 8º e 9º escalões das mesmas regras de acesso aos escalões que integram a categoria de titular (sem dotação de vagas);

– A existência de vagas, já no primeiro concurso, para o acesso de docentes do 7º escalão;

– A contagem de todo o tempo de serviço avaliado positivamente, incluindo o “Regular”;

– A supressão de itens de avaliação como as taxas de sucesso escolar, o abandono escolar ou a apreciação dos pais;

– O não agravamento do horário lectivo dos docentes do Ensino Secundário e da Educação Especial;

– A consideração, para efeitos de reposicionamento e posterior transição, de todos os novos graus académicos obtidos pelos professores, designadamente Mestrados e Doutoramentos;

– Um regime de reduções lectivas mais adequadas ao desgaste físico e psíquico que resulta do exercício continuado da docência;

– A não discriminação dos docentes bacharéis, quer para efeitos de acesso, quer de progressão;

Estes são apenas alguns dos diversos aspectos que a FENPROF colocou em cima da mesa das negociações que, não se enquadrando nas chamadas “questões essenciais”, poderiam, todavia, atenuar um pouco uma proposta de ECD que é muito mais punitiva do que motivadora da classe docente. Só que o ME recusou estas propostas, numa atitude que frustrou algumas das expectativas que pareceu ter aberto na reunião anterior.

Quanto a questões verdadeiramente novas, admitidas pelo ME nesta reunião, talvez apenas a possibilidade de ser estabelecida uma quota de exactamente 1/3 para efeitos de acesso de professores à categoria de titular. Mas essa é uma possibilidade ainda não confirmada. A consumar-se, essa alteração, embora melhore a proposta actual do ME, continuará, injustamente, a deixar longe do topo da carreira 2/3 dos docentes.

Perante esta última versão do ME, a FENPROF reafirma o seu profundo desacordo com um Estatuto que representa a negação da própria natureza da profissão docente e que introduzirá novos e relevantes focos de instabilidade nas escolas, ameaçando criar uma realidade que pode fazer mergulhar o sistema educativo numa gravíssima crise, tornando muito mais difícil alcançar os objectivos pelos quais a FENPROF se vem batendo há longos anos, consubstanciados numa Escola Pública de qualidade que contribua para o aumento do sucesso escolar e a erradicação do abandono precoce.

Por estas razões, a FENPROF manterá todas as acções que, no âmbito da Plataforma Sindical, tem previstas, designadamente nos planos institucional e jurídico-constitucional. Também no plano do esclarecimento da sociedade portuguesa, a FENPROF, conjuntamente com as outras organizações da Plataforma Sindical, levará a efeito, no dia 22, 4ª feira, uma jornada de distribuição de comunicados à população. No dia 23, a Plataforma reúne às 15.00 horas para começar a preparar a fase seguinte da negociação – a regulamentação do ECD – bem como a continuação da luta dos professores e educadores.

20/11/2006 O Secretariado Nacional

ECD na Região já existe!

ECD na Região já existe!

(DLR nº 28/2006/A de 8 de Agosto)

Queremos ou não o seu desenvolvimento e aprofundamento?

 

 
Só uma análise comparada entre as Propostas Nacional e Regional nos permitirá decidir …

O SPRA aguarda pelo desfecho das negociações entre a Plataforma Sindical e o Ministério da Educação para ouvir os docentes e tomar posição.

O Sindicato dos Professores da Região Açores considera que antes de se iniciar qualquer processo negocial, sobre a evolução do Estatuto da Carreira Docente na Região, é fundamental que tenhamos conhecimento pleno dos resultados finais das negociações a nível nacional e das conquistas entretanto alcançadas.

A Plataforma Sindical continua o processo negocial com o Ministério da Educação, agora numa fase de negociação suplementar, tendo ainda sido possível introduzir algumas alterações à Proposta do ME que, embora sem bolir com as questões de princípio, não deixam de ser importantes:

–          as faltas por doença e acompanhamento de descendentes maiores de 10 anos não terão reflexo na avaliação do desempenho;

–          Os docentes que já tinham iniciado os procedimentos para a progressão na carreira, aquando do congelamento em Agosto de 2005, vão ver o seu processo retomado a partir de Janeiro de 2008, sendo concluído com base nos critérios de avaliação do actual Estatuto;

–          A garantia de que todos os professores do 10º escalão poderão candidatar-se à categoria de professor titular sem qualquer limite de vagas, dado que o limite de um terço, em cada agrupamento, ficará reservado para os docentes dos escalões seguintes, condicionando, deste modo, o seu acesso.

Logo que se dê por terminado o processo negocial nacional, iremos promover reuniões com os docentes a nível Regional, a fim de fazermos uma análise comparativa de ambas as Propostas de Estatuto, uma na sua versão final e outra na sua versão inicial, às quais juntaremos as propostas de alteração que tencionamos apresentar à SREC, para que possam ser ratificadas pelos nossos sócios.

O desenvolvimento e aprofundamento do Estatuto Regional deverá resultar do reconhecimento de que as propostas apresentadas pela Secretaria Regional da Educação e Ciência, na sua globalidade, se diferenciam pela positiva, salvaguardando princípios e direitos essenciais para a valorização e dignificação da profissão docente.

Consideramos que o ponto de partida da Proposta de Estatuto Regional, apesar de penalizadora em muitos aspectos transcritos da primeira versão da Proposta de Estatuto Nacional, deve merecer a nossa atenção, uma vez que salvaguarda algumas das questões de princípio defendidas pelos Sindicatos, que constituem a razão essencial desta grande e longa luta dos professores.

Só no final do processo negocial, comparando os aspectos positivos e negativos das Propostas finais, estaremos em condições de decidir se a Região e o país, no plano da Educação, beneficiam ou não com a existência de Estatutos diferenciados.

 

Para o SPRA, o desenvolvimento do actual ECD na Região deverá resultar de uma decisão consciente e responsável, depois de amplo e profundo debate das propostas em confronto, cabendo aos Educadores e Professores, que trabalham nesta Região, a responsabilidade de tal decisão.
 
Armando Dutra

Administração e gestão escolar

o DSREC200147 – Estabelece as áreas pedagógicas dos estabelecimentos da RAA

o Portaria 45/2002, de 6 de Junho- Aprova o regulamento para a fixação do calendário escolar- revoga o Despacho Normativo nº 9/2001, de 8 de Fevereiro

o Despacho Normativo nº 48/2005, de 12 de Agosto – Distribuição de serviço docente

o Decreto Regulamentar Regional nº 17/2001/A – Estatuto da Educação Pré-Escolar

o Portaria nº 40/2002 – Regulamenta a Criação e funcionamento de Cursos de Educação Extra-Escolar

o Decreto Legislativo Regional nº 13/2002/A – Organização e Funcionamento do CRVC, Ensino Recorrente e Educação Extra-Escolar

o Portaria nº 67/2002 – Estrutura dos Blocos Capitalizáveis, planos curriculares e condições de avaliação do Ensino Básico Recorrente

o Declaração de Rectificação da Portaria nº 72/2003 – Programa Formativo de Inserção de Jovens

o Despacho Normativo nº 32/2003 – Orientações Curriculares da Componente Sócio-Cultural dos Cursos do Profij

o Decreto Legislativo Regional nº 12/2005/A, de 16 de Junho- Estabelece o regime jurídico, autonomia e gestão das unidades orgânicas do sistema educativo

o Decreto Legislativo Regional nº 35/2006/A, de 6 de Setembro– Alteração ao DLR nº 12/2005/A de 16 de Junho- Regime jurídico, autonomia e gestão das unidades orgânicas do sistema educativo

Profissionalização e estágios

Decreto Legislativo Regional nº 1/2002/A, de 4 de Janeiro

Regime de profissionalização em serviço.

Decreto Legislativo Regional nº 21/2002/A, de 25 de Junho
Estabelece, na RAA, os aspectos relativos à realização, em escolas da rede pública, do estágio pedagógico das licenciaturas em ensino e dos ramos educacional e de especialização em educação.

Carreira Docente

Decreto-Lei nº 139-A/90, de 28 de Abril

Estatuto da carreira docente.

 

Decreto-Lei nº 1/98, de 2 de Janeiro

Altera o Estatuto da carreira docente.

 

Decreto-Lei nº 312/99, de 10 de Agosto
Aprova a estrutura da carreira do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básicos e secundário e estabelece as normas relativas ao seu estatuto remuneratório.

 

Decreto-Lei nº 121/2005, de 26 de Julho

Altera o Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, aprovado pelo Decreto-Lei 139-A/90, de 28 de Abril, e estabelece medidas destinadas a enquadrar alguns aspectos estatutários ligados ao exercício da função docente.

 

Decreto Legislativo Regional nº 28/2006/A, de 8 de Agosto

Aprova o Estatuto da Carreira Docente na Região Autónoma dos Açores.

Raridades geológicas expostas em S. Miguel

Um ninho de dinossauros da República Popular da China, soterrado há milhões de anos por cinzas do vulcão do deserto de Gobi, e uma parte de um meteorito da Argentina com cerca de 4.600 milhões de anos são dois dos exemplares raros e únicos que compõem o espólio do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA).
 
Localizado na vila da Lagoa, em S. Miguel, o OVGA dispõe de uma vasta colecção de peças mineralógicas ligadas a fenómenos vulcânicos. Cobre, quartzo, ouro, enxofre, diamantes, arsénio, prata, entre outros, são alguns dos minerais que se podem encontrar no Pavilhão Tenente-Coronel José Agostinho, sendo que alguns apresentam formas geométricas tão perfeitas que parecem trabalhadas pelo Homem. No entanto, salienta Victor Hugo Forjaz, responsável pelo OVGA, foram criados pela natureza. Neste pavilhão há ainda diversos painéis preenchidos por fotografias e esquemas representativos da história geológica do Atlântico, nomeadamente da Região Açores, e uma colecção de quadros alusivos a algumas das principais erupções vulcânicas que ocorreram, ao longo dos séculos, nas ilhas dos Açores. Uma das telas ilustra, por exemplo, a erupção stromboliana do Pico do Sapateiro, na Ribeira Seca, S. Miguel, em 1563. Destaque ainda para o túnel simulador de acesso ao interior de um vulcão, cujos sons são idênticos aos da lava em ebulição, e para um globo com mapas cedidos pela NASA.
 
O OVGA é composto, igualmente, por um segundo bloco, denominado Pavilhão Professor Doutor Frederico Machado. Neste espaço, onde se situa fisicamente o LIGA – Laboratório Internacional Geodinâmico do Atlântico -, podem encontrar-se diversos instrumentos, como um medidor de marés terrestres (protótipo chinês único no País), um inclinómetro, um acelerógrafo, uma rede sismográfica digital, uma rede tiltimétrica, entre outros. Divulgar e fomentar o conhecimento das ciências vulcanológicas e geológicas são os principais objectivos do OVGA. “Temos uma função educativa e cultural”, explica, acrescentando que o observatório pretende incutir, na sociedade açoriana, o hábito da cultura científica. O OVGA está, por isso, aberto a todo o público, tendo recebido já inúmeras visitas de escolas, incluindo do Continente e do estrangeiro, e de cientistas e investigadores da Região e do exterior. A nível local, salienta, “a intenção é a de habituar a população a conviver com os vulcões e os sismos, eventos que fazem parte do nosso dia-a-dia”.
 
17-11-2006 (Expresso das Nove)

O Priolo e a Tronqueira em exposição fotográfica

Para assinalar o terceiro aniversário do Projecto Life para a recuperação do habitat do Priolo, a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) -Projecto Life Priolo e a Câmara Municipal do Nordeste promovem até dia 11 de Novembro uma exposição de fotografia sob o tema “O Priolo e a Tronqueira”.

Esta mostra, patente ao público na Sala de Exposições do Município, reúne trabalhos inéditos do fotojornalista Pedro Monteiro e da própria SPEA. Estes trabalhos vieram dar a conhecer um pouco mais sobre aquela que é uma das aves mais raras do mundo e a ave mais ameaçada de extinção na Europa, bem como o seu habitat e o projecto que está a decorrer para a conservação desta.

Página oficial do Life Priolo

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