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Petição também disponivel para envio em suporte de papel. | |
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Constitucionalistas avaliam Estatuto da Carreira Docente
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A verificação da constitucionalidade das alterações ao Estatuto da Carreira Docente (ECD), aprovado no passado dia 23 de Novembro em Conselho de Ministros, está já a ser feita por dois conhecidos constitucionalistas, Gomes Canotilho e Bacelar Gouveia, por solicitação da Plataforma Sindical, esperando-se que os seus pareceres estejam concluídos no início de Dezembro.
Bacelar Gouveia admitiu mesmo ter já detectado “indícios” de inconstitucionalidade nas últimas propostas apresentadas pelo Governo. Após as marchas, as greves, a vigília e o abaixo-assinado, a plataforma sindical não abdica de combater por outras vias o diploma. Já existe a garantia de que o PSD e o PCP vão pedir a apreciação parlamentar do decreto-lei, mas os professores querem ir mais longe. E vão até às instâncias internacionais, solicitando à Organização Internacional do Trabalho que aprecie “a forma como o Ministério da Educação conduziu o processo”. No anúncio da aprovação do documento, a ministra da Educação disse-se confiante de que as novas regras serão cumpridas nas escolas. Mais tarde, em conferência de imprensa, os sindicatos deixaram um alerta: “Este ECD vai gerar a mais grave crise que algum dia aconteceu no sistema educativo português.” |
DE MESTRE A AMESTRADO
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No seu mais profundo isolamento, o artista é remetido ao silêncio e assiste, já com resignação, à destruição da obra que idealizou. Definhado, na sua auto-comiseração, aquele que fora o fulguroso artista, mestre da arte de ensinar, resume-se a um desprezível ser vilipendiado, culpado do temível espectro que assombra a sociedade moderna: o insucesso. A escola transformou-se num espaço residual, desinvestida da sua primordial importância. Desacreditado por todos – e por todos aceite – o modelo actual de escola falhou o objectivo mais reclamado pela sociedade que serve: a formação de seres humanos conscientes da sua importância como elos de perpetuação do conhecimento e da democracia. A figura do professor, sendo a personificação deste conceito de escola, foi inevitavelmente diminuída e arrastada pela enxurrada de factores que participaram neste falhanço: leis desprovidas de sentido e de entendimento da realidade quotidiana, sucessivas reformas que destronaram o papel do professor, colocando o aluno, um ser facilmente melindrável, no centro de todas as atenções. Na sociedade, as transformações foram avassaladoras: a facilidade de acesso ao conhecimento, a consequente desvalorização da escola como uma das mais importantes instituições capazes de transmitir aprendizagens; a banalização das relações pessoais, o nivelamento das hierarquias, o desapreço de qualidades, como o rigor e a disciplina, indispensáveis à organização, princípio que alicerça a ordem e a autoridade, pois uma não existe sem a outra; a desconsideração do mérito e da competência em detrimento do factor cunha, prática tão usual na sociedade que temos, cuja malha de oportunidades é cada vez mais apertada. |
Como se apresenta o professor perante toda essa conjugação de factores, emaranhado novelo de que não se acha ponta por onde se pegue? Da parte dos professores, há muito que vozes serenas se deixaram de ouvir. Silenciados pelo medo de falar, por receio de represálias e de “chatices”, o novelo de pressões aperta, tanto mais que agora espanejam no ar a avaliação dos professores, nos moldes em que a querem impor, como instrumento de ameaça e de mordaça? os mais afoites, desiludidos e em desespero, elevam as vozes em manifestações ou outras formas de protesto. Sem sucesso. No xadrez político, ganha quem tiver a opinião pública a seu favor. E esta orienta-se pela facilidade da apreciação do que está à vista: os resultados são desastrosos.
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Cada vez mais se sabe menos. De ano para ano, as levas de alunos que nos chegam têm maiores dificuldades: não sabem interpretar o mundo e muito menos dominam a língua. Não conseguem exprimir um pensamento, emitir uma opinião, relacionar ideias; a maioria revela indiferença e um imenso enfado por tudo o que lhes cheire a política enquanto sistema social; sentem desprezo por tudo o que exige esforço, um deserto de ambições e ideais. Partilham, no entanto, a visão materialista da sociedade do conforto e do bem-estar como algo que lhes é devido e absolutamente garantido. Nessa asserção de direitos, sem a proporcional obrigação de deveres, é que reside o princípio da corrupção da sociedade nos moldes em que a conhecemos. O egoísmo, ou o individualismo exacerbado, como agora se diz, esmaga o ideal da convivência harmoniosa e desrespeita toda e qualquer tentativa de imposição de outra ordem que não seja a própria. |
Assim se acha o professor, solitário, no seio de forças contraditórias. Ainda lhe resta a esperança de contribuir para O seu trabalho é cada vez mais exigente na proporção em que as condições são cada vez menos dignas. O patamar de realização pessoal é quase inatingível, assumindo o professor tarefas intermináveis e desígnios que se conotam com foros de perfeição. A culpa é, deste modo, facilmente induzida. Cortou-se-lhe a criatividade, cercearam-lhe o espaço para reflectir. Dele apenas se espera que obedeça sem questionar. É agora um ser amestrado. Continua artista, embora de circo. Triste, finge estar feliz, e dá continuidade ao espectáculo de onde deve garantir que todos saiam a rir, felizes e contentes. Se o desfecho for indesejado, mande-se repetir até todos partirem satisfeitos. O artista, este, não se contenta. Contudo, é-lhe ex Finalmente, algumas vozes, nos últimos tempos, se têm feito ouvir na imprensa nacional. Opiniões prestigiadas como Vasco Graça Moura e Alzira Seixo ? a propósito da nova terminologia gramatical (será que o grande público já se deu conta de que existe uma nova gramática?) ? e José Gil talvez chamem a atenção para problemas tão prementes que afectam o ensino no nosso país. |
Há, certamente, culpas a assumir e, da parte dos professores, nem todos são inocentes. O problema é que estes que não o são se tornaram a “cara” mais visível da classe. Qual é a classe que não os tem? O modelo da escola e da organização do ensino tem de ser revisto, mas não à custa do espezinhamento do professor, de cuja figura a sociedade se serve para esconder as suas verdadeiras responsabilidades. Antes, actue-se no modelo social, responsabilize-se, nomeadamente, os pais. Alguém já se lembrou que só os pais podem ser os primeiros responsáveis pelo abandono escolar dos seus filhos? A avaliação dos professores não deveria, primeiro, passar pela avaliação das escolas como um todo? A sua referência a um contexto, a uma organização que funciona eficientemente, ou não, é apenas um pormenor? O problema da formação dos professores é outra questão fundamental. A dificuldade é que as universidades, muitas vezes, só fazem a avaliação académica dos alunos. E quem afere o perfil humano? Este é o principal pilar que sustenta a essência de um bom professor. Julgo que, nesse aspecto, propor-se a existência de uma prova de admissão à carreira teria razão de ser. Coloca-se, no entanto, o problema: que género de prova? Mais uma prova de conhecimentos? Para quê, se já foram testados nas universidades? Entrevista? E o factor cunha como se contornaria? Seria mais uma contribuição para a “escola do elogio mútuo”? Relativamente ao novo estatuto do professor, exigir-lhe mais da sua capacidade de entrega é sobre-humano. Tanto assim é que as exigências constantes na proposta do novo estatuto são, algumas delas, até inconstitucionais. É preciso dizer mais? |
O professor apenas pede que lhe dêem confiança e dignidade, meios ágeis e instrumentos válidos de trabalho. Precisa de formas de defesa contra a indisciplina e a desmotivação; de outro modo, não há talento que lhe valha, porque o encadeamento ensino-aprendizagem só se cumpre quando o pólo orientador é investido de credibilidade.
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Mas não. Só o papel do professor é que está sob a mira do público implacável. O problema é que, se calhar, nesta mediania, os amestrados temam os verdadeiros mestres? Paula Rosa Cabral, professora da |
O Plano Geral de Actividades da CGTP-IN para 2007 considera que um dos eixos fundamentais da acção sindical a desenvolver no decorrer do ano é a luta pela redução da precariedade de emprego e contra o trabalho clandestino e ilegal. O documento foi aprovado pelo Plenário de Sindicatos realizado no dia 5 de Janeiro em Lisboa. Manuel Carvalho da Silva, secretário-geral da Inter, sublinhou a importância desta decisão da Central, apelando ao empenhamento de todos os sindicatos nas acções a realizar durante o ano, em todo o País.
Entretanto, o Plano de Acção de Combate à Precariedade do Emprego, já aprovado pelos órgãos da Central, contém importantes orientações que devem ser assumidas por todo o movimento sindical como um instrumento de trabalho para o desenvolvimento da acção, articulada com os objectivos inscritos na Política Reivindicativa para 2007.
Em breve decorrerá uma grande iniciativa, com impacto público, “para aprofundar a análise da problemática relativa à precariedade do trabalho nas suas diversas vertentes e para dar mais eficácia à luta pelo trabalho com direitos”.
O Plenário de Sindicatos aprovou moções alusivas ao 28 de Março, Dia Nacional da Juventude e de apoio ao movimento pelo SIM no referendo de 11 de Fevereiro. / JPO
Por solicitação do SPRA, decorreu ontem, na Secretaria Regional da Educação e Ciência, uma reunião negocial extraordinária entre este sindicato e o SREC, sobre a proposta de Estatuto da Carreira do Pessoal Docente da Educação Pré-Escolar e dos Ensinos Básico e Secundário na RAA. Na sequência desta maratona negocial, há aspectos que foram alvo de alterações, nomeadamente a grelha de avaliação anteriormente proposta, entre outros. Os plenários sindicais que o SPRA está a promover assumem, assim, uma renovada importância. |
COLEGA, NÃO DEIXE QUE DECIDAM POR SI ! ! ! ESTE É O MOMENTO CRUCIAL. |
PARTICIPE REFLECTINDO, DEBATENDO E DECIDINDO NOS PLENÁRIOS SINDICAIS DA SUA ILHA: |
22 de Janeiro – Ilha de São Miguel no Coliseu Micaelense 24 de Janeiro – Ilha de São Jorge nos Bombeiros Voluntários da Calheta 26 de Janeiro – Ilha Terceira no Centro Cultural de Angra do Heroísmo 26 de Janeiro – Ilha da Graciosa na Escola Básica e Secundária da Graciosa 29 de Janeiro – Ilha do Faial no Hotel Horta 30 de Janeiro – Ilha do Pico na Escola Básica e Secundária da Madalena 2 de Fevereiro – Ilha das Flores na Escola Básica e Secundária das Flores 2 de Fevereiro – Ilha de Santa Maria na Sede do Sindicato do SPRA |