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SPRA Informação n.º 26

Janeiro de 2004
 
 

Todas as crianças têm direito à Educação Pré-Escolar

Apesar de, recentemente, ter divulgado um desmentido público, o Ministério da Educação pretende encerrar mais de um milhar de Jardins de Infância da rede pública de estabelecimentos.

 

A FENPROF denuncia essa intenção com base em documentos divulgados pelas administrações educativas regionais, em pareceres solicitados a autarquias e órgãos de gestão dos agrupamentos de escolas e a informações prestadas a educadores e famílias que apontam no sentido do encerramento dos estabelecimentos no final do presente ano lectivo.

 

A FENPROF sabe, pelos documentos oficiais a que teve acesso, que estão sinalizados todos os jardins de infância com menos de 10 crianças, o que contraria o conteúdo do desmentido do ME emitido a este propósito em 22 de Março.

 

A FENPROF considera que seria gravíssimo o encerramento de jardins de infância, pois colocaria em causa o acesso de muitas crianças dos 3 aos 5 anos à educação pré-escolar, reconhecida na Lei-Quadro nº 5/97como primeira etapa da educação básica.

 

A FENPROF exige que, de uma vez por todas, o Ministério da Educação assuma que não encerrará nenhum Jardim de Infância, independentemente da sua frequência. Exige que as administrações educativas deixem de solicitar pareceres a órgãos de gestão e autarquias sobre o eventual encerramento de jardins de infância. A FENPROF entende que a Educação Pré-Escolar, independentemente do número de crianças que a frequentam, é importante para o seu desenvolvimento global, garante uma efectiva igualdade de oportunidades no acesso a este sector de educação e promove o sucesso das crianças ao longo da vida. A FENPROF exige que sejam retiradas, das listas de estabelecimentos “sinalizados” para eventual encerramento, a referência a esses estabelecimentos de educação pré-escolar.

                                                                                                  

O Secretariado Nacional 

Milhares de jovens manifestaram-se em Lisboa

Mais de 7000 de jovens concentraram-se esta tarde em Lisboa, junto ao Rossio, em protesto contra as políticas laborais do Governo, numa acção promovida pela Interjovem/CGTP e inserida no calendário de luta da CGTP até final de Maio.

Associações sindicais de Norte a Sul do país reuniram-se em frente ao Rossio, por volta das 15:00, marchando depois em direcção ao edifício da Assembleia da República, onde se realizou a concentração e posterior votação da resolução apresentada pela Interjovem/CGTP contra a precariedade e pela estabilização do emprego.

Durante a marcha, as palavras foram de contestação contra “o ataque generalizado aos direitos sociais e laborais, individuais e colectivos protagonizado pelo Governo do PS e pelo patronato”.

Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP-IN, afirmou que a “grande presença dos jovens [na manifestação] é um sinal positivo da sua confiança em relação ao futuro” e que será mantida a luta para garantir a continuidade dos direitos conseguidos.

Os manifestantes expressaram o seu descontentamento com palavras de ordem contra o primeiro-ministro, o trabalho temporário, os despedimentos colectivos e as injustiças sociais, garantindo que “a luta continua” enquanto não se verificarem alterações nas políticas laborais e sociais do Governo.

Declaração de Rectificação n.º 44/2004 de 25 de Maio

Declaração de Rectificação n.º 44/2004 de 25 de Maio

Apreciação Parlamentar sobre o ECD imposto pelo Governo

 

Decorre na Assembleia da República a apreciação parlamentar do DL 15/2007 – Estatuto da Carreira Docente.

Para tal contribuiram significativamente as várias reuniões realizadas das Plataforma Sindical dos Professores com os Grupos Parlamentares, não tendo sido possível, no entanto, reunir com o do Partido Socialista.

Dois partidos da Oposição, no entanto, decidiram avançar com projectos alternativos que se encontram, neste momento em discussão na Comissão Especializada de Ciência Educação e Cultura – o PCP e o PSD.

Professores de todo o país aguardam agora, com expectativa, que a maioria do PS concorde com a introdução de propostas muito significativas para uma efectiva valorização da profissão docente.

Consulte as propostas dos Partidos

Proposta do Partido Comunista Português

Proposta do Partido Social Democrata

3º Projecto de diploma regulamentador do acesso a professor titular

Foi entregue a 5 de Março a 3ª versão do Projecto de diploma regulamentador do primeiro concurso de acesso à categoria de “Professor Titular”.

Para aceder ao projecto descarregue o ficheiro anexo 

Concursos na Região Autónoma da Madeira

Já saíram as listas provisórias ordenadas de candidatos admitidos e de candidatos excluídos ao concurso de educadores de infância e de professores do ensino básico e secundário.

Prazo de reclamações:

  • 12 de Junho de 2007, para candidatos residentes na RAM
  • 19 de Junho, para candidatos residentes no Continente ou na RAA

Descarregue aqui o boletim de reclamações.

Encontra-se aberto pelo prazo de cinco dias contados a partir do dia 29 de Março de 2007 a 4 de Abril de 2007 inclusive, acrescido de cinco dias de dilação para os candidatos residentes no Continente ou nos Açores.

Nova Calendarização – Concursos Afectação ao QZP/Contratação de pessoal docente   Novo
Calendarização – Concursos Afectação ao QZP/Contratação de pessoal docente   
Aviso n.º 10/2007/M, D.R. n.º 62, Série II de 2007-03-28  Novo
Região Autónoma da Madeira – Secretaria Regional de Educação
Direcção Regional de Administração Educativa
Aviso que consubstancia as condições de candidatura à fase de afectação e contratação dos educadores de infância e de professores dos ensinos básico e secundário ao concurso para o ano escolar de 2007-2008
Lista de documentos associados ao Concurso de Contratação e Afectação:

Mais Informações no Ofício Circular da DRAE no 6/2007 e/ou em http://www01.madeira-edu.pt/drae/

Deputados PS votam contrariados e com críticas Estatuto da Carreira Docente

 
A disciplina de voto imposta na bancada do PS forçou terça-feira quatro deputados socialistas a chumbarem todas as propostas de alteração ao Estatuto da Carreira Docente, apesar de terem fortes reservas sobre o diploma do Governo.
 
Na Comissão Parlamentar de Educação, 13 deputados do PS reprovaram as propostas de alteração apresentadas pelo PCP e PSD ao Estatuto da Carreira Docente, mas, no final da reunião, quatro deles apresentaram declarações de voto individuais: João Bernardo, Teresa Portugal, Júlia Caré e Odete João.

“Por estrita disciplina partidária, imposta pelo Grupo Parlamentar do PS, voto contra as propostas de alteração apresentadas pelo PCP e pelo PSD” ao Estatuto dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, refere João Bernardo na sua declaração de voto.

Em linhas gerais, os quatro deputados socialistas apresentaram-se em desacordo com o diploma do Governo em três pontos fundamentais: a diferenciação entre a carreira de professor e de professor titular; a compatibilização da carreira com o exercício de cargos públicos e sindicais; a participação dos pais e os critérios como o abandono e o sucesso escolar na avaliação dos professores.

Entre outras críticas, este grupo de deputados do PS diz que o Estatuto da Carreira Docente contém normas “arbitrárias, discriminatórias, burocráticas, desvaloriza a actividade docente na sala de aula”, colide com a “salubridade pedagógica” e – acrescenta Teresa Portugal – poderá “violar o campo dos direitos, liberdades e garantias contemplados na Constituição da República”.
De acordo com deputados do PS, estas “fortes reservas” foram transmitidas “há várias semanas” ao secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, mas o executivo “entendeu não ceder em nenhum ponto”.

Na sua declaração de voto, o deputado socialista João Bernardo considera que “a divisão dos professores em duas categorias terá repercussões negativas na organização interna dos estabelecimentos de ensino”. “A determinação do número de vagas para professor titular e o consequente concurso para a respectiva categoria não reconhece a dimensão mais relevante na actividade docente: a sala de aulas”, lamenta o deputado.

João Bernardo refere ainda que, no novo Estatuto da Carreira Docente, se assiste a uma “flagrante desvalorização das actividades lectivas, pedagógicas e culturais, perante a sobrevalorização do exercício dos cargos formalmente pré-estabelecidos, para além de estimular o garrote burocrático, que tanto tem vindo a asfixiar a qualidade do ensino em Portugal”.
Na sua declaração de voto, o deputado do PS queixa-se ainda que a “verticalização da carreira constituirá mais um obstáculo à salubridade pedagógica das escolas e à eficiência do processo de ensino”.

“A diferenciação artificial de estatutos e competências [entre docentes] irá trazer maior conflitualidade e piorar o ambiente escolar. A introdução forçada do sistema de quotas representa uma profunda injustiça sobre a actividade docente”, critica João Bernardo.
De acordo com este deputado, “estas duas novidades vão contribuir para a desvalorização social e material dos professores”, acrescentando ainda o facto de haver “uma contradição insanável entre um discurso [do Governo] favorável ao reconhecimento do mérito e da excelência, por um lado, e, por outro, a imposição de quotas para a atribuição de menções de bom e excelente”.
Já Teresa Portugal (irmã do candidato presidencial Manuel Alegre) refere-se à parte do diploma do Governo que contém “os pressupostos para a criação da carreira de professor titular, acessível apenas a um terço do número total de lugares por quadro de agrupamento ou escola não agrupada”.

“A definição prévia desta quota impede, de forma arbitrária e discriminatória, que dois terços dos professores possam aceder ao topo da carreira, ficando consequentemente penalizados em termos salariais”, aponta.

A deputada critica também a afixação de percentagens máximas na classificação de professores, no quadro da avaliação do seu desempenho.

“Pela via administrativa, este critério atinge e prejudica, de uma forma igualmente arbitrária e discriminatória, o percurso profissional de uma percentagem de professores”, protesta a deputada socialista eleita por Coimbra.

Na declaração de voto, Teresa Portugal refere-se ainda à Constituição da República para criticar a decisão do Governo de eliminar a equiparação a serviço efectivo em funções docentes, para efeitos de progressão na carreira, de professores no exercício de cargos políticos ou em cargos de direcção sindical.

“Considero que o eventual prejuízo profissional decorrente do exercício de direitos políticos ou do desempenho de cargos públicos afectará a salvaguarda de condições na participação da vida política e viola o campo dos direitos, liberdades e garantias contemplados na Constituição da República”, frisa Teresa Portugal.

21-03-2007 LUSA

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