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Em dia de greve, manifestação espontânea reúne (novamente) professores

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SPRA reuniu com o Presidente do Governo e com a Secretária Regional da Educação e Formação

Ecos na Imprensa
Açoriano Oriental
Correio dos Açores
Diário Insular

O Sindicato dos Professores da Região Açores, ao reunir com o Presidente do Governo e com a Secretária Regional da Educação e Formação, levou ao seu conhecimento as principais reivindicações dos docentes, com ênfase na avaliação, horários de trabalho e condicionalismos impostos às faltas por doença, tendo entregue a Moção  aprovada por mais de um milhar de Professores e Educadores, nos Plenários Sindicais realizados em todas as ilhas dos Açores, acompanhada de um Memorando Reivindicativo , que consubstancia os aspectos que mais os preocupam.

O Presidente do Governo afirmou que, nesta reunião, realizada hoje, 2/12/08, pretendeu dar um sinal político da disponibilidade do novo Governo para procurar soluções consensualizadas, que vão ao encontro das preocupações dos docentes e dos Sindicatos que os representam, no sentido de promover as melhores condições de aprendizagem dos alunos e garantir a estabilidade necessária ao desempenho da profissão docente, que, no seu entender, deve ser revalorizada.

Desta reunião não saíram propostas concretas, apesar da nossa insistência. O Presidente do Governo comprometeu-se, no entanto, a apresentar, no prazo de duas semanas, uma Proposta aos Sindicatos, contendo os aspectos que o Governo pretende alterar, no imediato, relativamente ao ECD na RAA, tendo em conta a auscultação aos parceiros sociais e aos docentes.

O SPRA aguarda pela Proposta do Governo, a qual será analisada e debatida, em Plenários Sindicais, com os Professores e Educadores, a fim de decidirem quais as posições a tomar.

SPRA analisa momento político-sindical

 

 

Ler eco no Diário Insular

O Sindicato dos Professores da Região Açores, em reunião de Direcção, ao fazer uma análise do momento político-sindical nacional e regional, considera que a situação que se vive nas escolas do país é insustentável, dada a perturbação emocional e psicológica que atinge professores e alunos, comprometendo o clima de serenidade indispensável ao desenvolvimento das aprendizagens.

Em democracia, não podem os governantes subestimar o poder e a força dos governados e, muito menos, desrespeitá-los, ficando indiferentes às suas reclamações e protestos, menosprezando a opinião das suas organizações representativas, ou fomentando o descrédito daqueles que pretende atingir na sua dignidade e nos seus direitos.

O Governo, ao eleger os Professores e Educadores como alvo prioritário dos seus ataques, insultando-os e desqualificando-os perante a sociedade, procurando denegrir a sua imagem pública, abriu as portas à conflitualidade. Os docentes feridos no seu orgulho pessoal e profissional, reagem com toda a legitimidade democrática, fazendo recair sobre o Ministério da Educação a responsabilidade de ter desestabilizado uma classe profissional que constitui uma referência para a sociedade, por ser determinante no seu processo de formação e de desenvolvimento.

O Governo, ao reconhecer a dimensão da classe, mais não fez do que conceber uma política educativa atada a preocupações economicistas, procurando, por todos os meios, reduzir a despesa na educação, utilizando como expediente a revisão do Estatuto da Carreira Docente, alterando a duração e a estrutura da carreira e introduzindo procedimentos burocráticos e administrativos com o único objectivo de dificultar a progressão dos docentes. É legítimo perguntar de que modo a redução substancial dos vencimentos dos docentes que, para dois terços dos professores, chega a atingir uma diferença salarial de menos mil (1000) euros mensais, constitui uma medida de política educativa tendente a melhorar a qualidade da educação e do ensino?

A matriz desta política economicista também chegou aos Açores. O Estatuto da Carreira Docente na Região Autónoma dos Açores, apesar de ter salvaguardado aspectos estruturantes da profissão, enferma de uma visão distorcida da profissionalidade docente, perspectivada numa dimensão funcionarizante, assente em pressupostos de desconfiança e até de desrespeito por elementares direitos de cidadania. Por isso, a actual Secretária Regional da Educação e Formação não pode partir do pressuposto de que tudo está bem na Região ao nível da Educação, apenas pelo facto de termos um Estatuto diferenciado.

Há medidas de política educativa que precisam de ser urgentemente tomadas para garantir a estabilidade necessária ao exercício da profissão e para salvaguardar a qualidade da educação e do ensino, numa escola pública que tem por obrigação defender os princípios da inclusão e de contribuir para evitar a reprodução das desigualdades sociais. O ECD na RAA necessita, por isso, de ser urgentemente revisto, não só para corrigir erros de escrita e suprimir ambiguidades de redacção que têm dado azo a interpretações diversas, por vezes abusivas, do espírito e letra da lei, mas também para alterar muitos normativos que atentam contra direitos de cidadania e que comprometem a qualidade do desempenho profissional dos docentes.

Há que pôr fim aos horários de trabalho pedagogicamente inadequados, aos condicionalismos que cerceiam os direitos de protecção na doença e às orientações que desrespeitam a habilitação dos docentes e o conteúdo funcional da profissão, que agravam a componente lectiva, que desconsideram parte do tempo de serviço prestado pelos docentes contratados, ou que desincentivam quem pretende melhorar as suas qualificações profissionais.

De entre os inúmeros aspectos que urge reconsiderar, encontra-se, inevitavelmente, o sistema de avaliação dos docentes, que não pode ser assumido como um instrumento da administração educativa para fins de gestão financeira. A avaliação dos Professores e Educadores deve ser assumida como um processo regulador da actividade docente, visando, em primeira instância, a melhoria do seu desempenho, a fim de garantir a qualidade do serviço público de educação. Qualquer processo de avaliação que contribua para perturbar o exercício da profissão e o normal funcionamento das escolas não serve o sistema, ainda que daí possa advir alguma economia de custos.

A avaliação do trabalho, em caso algum, se pode sobrepor ou comprometer ao próprio trabalho. A avaliação não pode ser encarada como um fim em si mesmo. Há que dar oportunidade para que todos possam evoluir no exercício da sua profissão e apostar nos modelos que privilegiem os contextos de trabalho solidário e cooperativo e não os que promovem o individualismo e a conflitualidade, porque nenhuma sociedade e nenhuma profissão consegue cumprir a sua missão se não privilegiar a força do colectivo.

Não é justo responsabilizar os docentes por aquilo que deles não depende. A afirmação de que o sucesso dos alunos está associado à natureza dos modelos de avaliação instituídos carece de fundamento. São os próprios governos a demonstrá-lo, quando afirmam que nos últimos anos se registaram progressos assinaláveis ao nível do aproveitamento e do abandono escolar. Se considerarmos que os governos, ao congelarem a progressão das carreiras nos últimos três anos, não desenvolveram quaisquer procedimentos de avaliação dos docentes, é lícito concluir que, afinal, tal pressuposto não se comprova e que os sistemas de avaliação punitivos em nada contribuem para o cumprimento das responsabilidades dos docentes. O que os docentes precisam é de governos que lhes dêem condições de trabalho, autonomia profissional e respeitem a sua dignidade pessoal e profissional.

O Sindicato dos Professores da Região Açores espera que o Governo Regional dos Açores e a actual Secretária Regional da Educação e Formação tenham a sensibilidade democrática para interpretar os sinais de descontentamento dos docentes que estão ao serviço desta Região, agindo em tempo útil, de modo a preservar a tranquilidade que é essencial à aprendizagem dos alunos e para que a escola cumpra a sua missão de serviço público.

Angra do Heroísmo, 28 Novembro 2008

A Direcção do SPRA

Greve Nacional

15 perguntas e 15 respostas sobre o legítimo direito à greve

O Pré-Aviso de greve é também extensivo à Região Autónoma dos Açores, para que os docentes que queiram, nesta fase, dar já um sinal do seu descontentamento, em relação à política educativa nacional e regional, o possam fazer.

PRÉ-AVISO I e II

Manifestação espontânea reúne professores em protesto

Largas centenas de Professores e Educadores concentraram-se, ontem, dia 21/11/02, junto às Portas da Cidade, percorrendo diversas ruas de Ponta Delgada, numa clara demonstração de que o descontentamento também é real nos Açores.

Perante esta espontânea tomada de posição pública dos docentes, o Sindicato dos Professores da Região Açores esteve, como sempre, ao seu lado, partilhando as suas preocupações, e irá, institucionalmente, na reunião agendada que tem com o Presidente do Governo e com a Secretária Regional da Educação e Formação, no próximo dia 2 de Dezembro, ser porta-voz das suas principais reivindicações, no âmbito da avaliação em particular e do Estatuto em geral.

(direitos reservados)

O modelo de avaliação instituído na Região assenta, igualmente, em pressupostos de total desconfiança e desrespeito dos docentes, sendo subjectivo, burocrático, injusto e inexequível. Contém aspectos inaceitáveis, nomeadamente a periodicidade anual, a observação de aulas, a obrigatoriedade dos docentes participarem em projectos de investigação, ou de serem avaliados com base nos resultados escolares dos alunos.

O que move o SPRA é o superior interesse dos docentes e da escola pública e, por isso, tomaremos posição firme e determinada para que a nova titular da pasta da Educação e Formação, no âmbito da revisão do Estatuto, consagre as principais reivindicações dos docentes, quer relativamente à avaliação, quer relativamente a condições e horários de trabalho, às questões de protecção na doença e aos demais aspectos que constam da nossa Moção, aprovada, por unanimidade, nos diversos Plenários Sindicais, bem como do Memorando reivindicativo.
 
Exigiremos que, no decurso deste ano, se inicie o processo negocial para apresentação de uma Proposta à Assembleia Legislativa Regional visando as alterações desejadas, e que haja, simultaneamente, total abertura para que se discutam outros modelos de avaliação que se revelem mais ajustados à nossa profissão.

A realidade Regional é diferente da nacional, pelo que requer estratégias de intervenção sindical diferenciadas. Embora privilegiando sempre a via do diálogo, não excluiremos, no entanto, qualquer forma de luta, se a nova titular da SREF fechar as portas à negociação e optar por entender o conflito nacional à Região Autónoma dos Açores.

Ecos na comunicação social
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Manifestação espontânea reúne professores – IMAGENS

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SPRA participou, representado pela dirigente Graça Meneses, na Estação de Serviço

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A pedido de inúmeros associados, o SPRA disponibiliza o vídeo do programa na íntegra.

SPRA SOLICITA REUNIÃO À NOVA SECRETÁRIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO – MARIA LINA MENDES

O Sindicato dos Professores da Região Açores após reunir com mais de um milhar de docentes, nos Plenários Sindicais realizados em todas as ilhas da Região, solicitou, hoje, uma reunião à nova titular da pasta da Educação e Formação, para analisar e debater os inúmeros problemas que subsistem na Região em matéria de Educação e Formação, e apresentar um conjunto de reivindicações decorrentes da moção, aprovada por unanimidade, onde se exige a urgente revisão do Estatuto da Carreira Docente na Região Autónoma dos Açores, incluindo as questões da avaliação.

O SPRA espera da actual Secretária Regional da Educação e Formação o bom senso necessário para evitar que o clima de conflitualidade e de ruptura que se vive ao nível nacional não se estenda à Região, a bem da Educação. Perante a intransigência, o SPRA não abdicará de qualquer forma de luta.

Carta Aberta

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