NOVO -> Circular da DGAE “Apresentação de docentes candidatos ao concurso de mobilidade interna – 2014_2015”
Começou concurso de Mobilidade Interna
(até às 24h00 do dia 26/08)
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Despacho nº 9316-A/2014 de 17 de Julho
Altera o Despacho n.º 14293-A/2013 de 5 de Novembro de 2013 que define o calendário de realização da prova de conhecimentos e capacidades, as condições de aprovação e os valores a pagar pela inscrição, consulta e pedido de reapreciação da mesma.
Na sequência do ofício enviado pelo SPRA em 17 de junho, a Tutela vem dar razão a este sindicato através do ofício agora recebido e concretizado pela Portaria que aprova o calendário escolar 2014/2015.
Mais uma vez a determinação do SPRA deu resultados positivos em prol dos direitos de todos os docentes nos Açores.
Portaria nº 48/2014 de 14 de Julho.
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O Governo, com algum secretismo, tem procurado convencer diversos municípios a aceitarem assumir mais e maiores responsabilidades em matéria de Educação. Quer transferir-lhes competências em áreas que cabe à escola decidir (retirando aos seus órgãos poderes de gestão em diversas áreas) e também em matérias que deverão continuar a ser assumidas centralmente. No que respeita aos docentes, depois de apresentar uma fórmula para calcular o número dos que, em sua opinião, são necessários, chega ao ponto de pretender dividir com os municípios (metade / metade) o custo médio de cada professor que seja abatido abaixo do necessário (12.500 euros para cada parte).
A FENPROF voltou a exigir uma reunião ao ministro para discutir esta e outras matérias e assume, perante os professores, o compromisso de não dar tréguas a este caminho. Recorda-se que estamos apenas perante mais uma vertente de um novo ataque que está a ser desferido contra os Professores e a Escola Pública e que também passa por acabar com a grelha salarial específica consagrada no ECD, aumentar o horário de trabalho, remeter docentes para o desemprego e para a mobilidade especial (já no próximo ano letivo) e privatizar respostas públicas de educação. Não aceitamos este caminho e, contra ele, iremos à luta!
Conheça os documentos apresentados pelo Governo:
TOMADA DE POSSE
Na nossa perspetiva, o mundo sindical tem a sua génese assente em princípios de solidariedade e na luta, persistente, contra a exploração do homem pelo homem. Foi assim na idade média, com a luta dos “companheiros” contra os “mestres” e consolidou-se durante a revolução industrial, com a luta do proletariado contra a burguesia detentora dos meios de produção industrial.
O Sindicato dos Professores da Região Açores, membro da maior federação de sindicatos de professores, a FENPROF, e da maior confederação de trabalhadores de Portugal, a CGTP-IN, não tem uma perspetiva meramente corporativa da atividade sindical. Pelo contrário, integrado no movimento sindical unitário, considera que este movimento deve ter um papel ativo como agente de transformação social e um papel preponderante na construção de uma sociedade mais justa, mais solidária e com elevado índice de desenvolvimento humano.
A globalização da economia, executada sob a batuta do neoliberalismo político e económico, trouxe um “mundo novo”, não apenas um mundo de aprofundamento de assimetrias sociais, de desvalorização do trabalho, de recuo civilizacional do mundo ocidental, de concentração de capital em grupos económicos transnacionais e sem rostos e de predominância do económico sobre o político, mas, acima de tudo, um mundo do primado do individual sobre o coletivo. Este paradigma é alimentado, diariamente, pelos media e pela publicidade, detidos, também eles, por grandes grupos económicos, que garantem a satisfação individual, através do consumo e pela criação de novas “necessidades”.
Hoje, o papel do mundo sindical não se pode revestir, singularmente, de interesses corporativos e setoriais. Agora, mais do que nunca, a resposta necessita de ser coletiva, abrangente e transnacional, porque o ataque aos direitos conquistados pelos trabalhadores e a desvalorização do trabalho imposta como uma consequência da globalização apenas contribuíram para o enriquecimento de escassas minorias internacionais, movidas por uma ganância desmedida. O mundo sindical é, hoje, o principal obstáculo a este fenómeno de concentração de capital feito essencialmente à custa da destruição de conquistas civilizacionais, talvez, por essa razão, também tem sido alvo de campanhas que fomentam divisões, denigrem o trabalho sindical e tentam limitá-lo e enfraquecê-lo.
O Sindicato dos Professores da Região Açores, umas vezes por via do diálogo, outras, através da luta integrada, ou não, noutras estruturas como a FENPROF, a Frente Comum ou a CGTP-IN, assegurou diferenciações positivas para os docentes nos Açores, como, entre tantas outras, a manutenção da carreira única, a ausência de quotas na avaliação, a recuperação do tempo de serviço congelado entre 30 de agosto de 2005 e 31 de dezembro de 2007 e, ainda este mês, a manutenção de um calendário escolar igual para todos os níveis de ensino.
Agradeço aos meus colegas, amigos e camaradas da Direção do Sindicato dos Professores da Região Açores o voto de confiança, mas também de grande responsabilidade, que, mais uma vez, depositaram em mim. Em resposta, prometo também, uma vez mais, dar o melhor de mim a esta nobre causa, na construção de um sindicato coeso, apesar das diferenças que existem entre nós, ditadas pela realidade de cada ilha, de cada grupo de trabalho e das legítimas e salutares diferenças políticas que temos no nosso seio.
De vós, espero, também, a mesma entrega, coesão e dedicação que tem sido vosso apanágio. A tarefa que temos pela frente é dura e, certamente, com vitórias e derrotas, mas, no final, não tenhamos dúvidas, olharemos para trás, gratificados pelo trabalho desenvolvido e certos de que, sem nós, o Sindicato dos Professores da Região Açores, os docentes em exercício de funções nos Açores, em particular, e os trabalhadores, em geral, estariam, com certeza, a viver em condições piores.
Bem hajam!
Ponta Delgada, 07 de julho de 2014
Antonio Lucas
O Sindicato dos Professores da Região Açores reuniu, ontem, dia 1 de Julho, com o Secretário Regional da Educação, Ciência e Cultura, tendo conseguido que o calendário letivo da Educação Pré-Escolar, para o próximo ano escolar, se mantivesse com a mesma configuração de 2013/2014, isto é, o mesmo que estiver estipulado para a escola básica integrada onde se integra, conforme a legislação em vigor, o que o SPRA exigiu, no seu ofício remetido à SRECC, no dia 17 de junho, p. p.
Confrontado com a forte contestação do SPRA, no que diz respeito à redução dos recursos humanos afetos à Educação Especial, no presente ano letivo, ficou o compromisso, por parte da tutela, de que todas as crianças e jovens, do sistema educativo público, sinalizadas com Necessidades Educativas Especiais terão os apoios necessários no âmbito da Educação Especial, no próximo ano letivo.
Na sequência das diversas reivindicações do Sindicato dos Professores da Região Açores, no âmbito da Intervenção Precoce, questionámos o SRECC sobre as prometidas diligências no sentido de melhorar e de alargar a toda a Região a sua cobertura, tendo ficado a garantia de que, no próximo ano letivo, todos os concelhos dos Açores estarão abrangidos pela Intervenção Precoce.
Em relação aos concursos, o SRECC assumiu que:
• se as colocações da 1.ª cíclica ocorrerem em data posterior a 1 de setembro, a produção de efeitos terá aquela data como referência;
• a calendarização dos vários momentos dos concursos exigida pelo SPRA, na sequência das queixas dos docentes, será publicada assim que terminar o prazo de apresentação das candidaturas ao concurso extraordinário (9 de julho);
• não haverá lugar à recuperação automática das vagas, inclusivamente na mudança de grupo, o que o SPRA contesta veementemente.
O Sindicato dos Professores da Região Açores reiterou a necessidade de integração nos quadros de, pelo menos, 300 docentes contratados, reivindicação recorrente desta estrutura sindical, que o SRECC disse não poder, neste momento, garantir, contrariando o que, desde a primeira hora, foi, por nós, exigido e prometido pela Assembleia Legislativa Regional dos Açores, pelo que a nossa luta tem de continuar para que esta exigência seja satisfeita.
Confrontado com a enorme estranheza do SPRA pela inexistência de proposta de revisão do Estatuto da Carreira Docente, o SRECC adiantou que a nova previsão para o efeito aponta para o início do próximo ano escolar (Setembro), ao contrário do prometido em reuniões anteriores. De realçar que o SPRA reivindica, desde Outubro de 2009, após a publicação do Decreto-Lei n.º 270/2009, de 30 de Setembro – Estatuto da Carreira Docente Nacional – , que, entretanto, já sofreu várias alterações, a revisão do ECD na RAA, tendo, inclusivamente, já sido encetado um processo negocial com este intuito e enviada a proposta para a Assembleia Legislativa Regional dos Açores, de onde foi inexplicavelmente retirada pelo Governo, em vésperas das eleições legislativas regionais. Desde então, não foi apresentada qualquer proposta nesse sentido.
Questionada a tutela sobre a ausência de resposta ao ofício enviado pelo SPRA ao Secretário Regional da Educação, Ciência e Cultura, em 24 de março de 2014, com o assunto Amianto nas Escolas, esta estrutura sindical recebeu várias informações, das quais destaca a seguinte:
• Estando perspetivada a construção, de raiz, das Escolas Básicas Integradas dos Arrifes, da Lagoa, de Rabo de Peixe, das Capelas, da Ribeira Grande (S. Miguel) e da Calheta (S. Jorge), encontram-se em fases diferentes do processo, sendo que, nos finais de 2016, estará o parque escolar requalificado, à excepção da EBI da Lagoa e da EBI das Capelas, cuja construção estará concluída no fim de 2017.
O SPRA alertou o SRECC para o facto de que a formação contínua dada pelas escolas não cobre as necessidades existentes, tendo obtido a resposta de que haverá noticias sobre este assunto quando entrar em vigor o novo quadro comunitário, prevendo-se que a apresentação de candidaturas para a realização de acções de formação venha a ser possível em 2015.
A Direção