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Reunião SPRA – SREC, dia 28 dezembro

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REUNIÃO ENTRE O SPRA/SREC – DIA 29 DEZEMBRO DE 2017

 NOTA INFORMATIVA

No sentido de dar sequência às posições assumidas pelo Governo Regional na reunião de 21 de novembro com esta estrutura sindical, relativamente à aplicação de todas as soluções encontradas na negociação entre os sindicatos e o Ministério da Educação, nomeadamente as relativas ao descongelamento das carreiras dos docentes em 2018 e à consequente recuperação do tempo de serviço congelado, o SPRA solicitou reunião de trabalho com o SREC para resolver problemas inerentes aos docentes da Região em progressão, já no ano de 2018.

 

Resolvida a situação da avaliação dos docentes em progressão em 2018

Um dos problemas solucionados na reunião de ontem tem a ver com a avaliação dos docentes que já irão progredir no ano civil de 2018. Segundo o Secretário Regional da Educação, serão 1.315 docentes dos quadros a 1 de janeiro de 2018, e ao longo do ano, mais 925 docentes, perfazendo um total de, pelo menos, 2.240 docentes dos quadros da Região Açores a progredir no próximo ano civil.

Estes docentes, segundo a lei, teriam que ter avaliação do desempenho entre o período da última avaliação e a data da progressão, requisito que não possuíam. Assim, o SPRA, na tentativa de solucionar este problema, apresentou ao SREC uma solução administrativa para que todos os docentes em progressão tenham a menção de avaliação de BOM neste período de tempo, solução aceite pelo Secretário da Educação.

Fica assim resolvido um problema decorrente do período de congelamento e do facto de a partir de janeiro de 2018 os docentes voltarem a ter o tempo contabilizado para efeitos de progressão na carreira.

 

Recuperação do tempo congelado

Nesta reunião, o SPRA também apresentou os resultados da 1.ª reunião do processo negocial com o Ministério da Educação, na qual foram facultados, pelo ME à FENPROF/SPRA, dados estatísticos da distribuição dos docentes na carreira, dos docentes em progressão….situação que o SPRA também reivindica da SREC, que se comprometeu a facultar, na próxima semana, todos os dados solicitados pelo SPRA que permitam fazer uma radiografia da situação dos docentes na Região e, assim, aferir a situação dos docentes, bem como o seu posicionamento na carreira.

 

Reivindicação do SPRA/FENPROF

Relativamente à recuperação do tempo congelado, que no continente é de 9 anos, 4 meses e 2 dias, e nos Açores de 7 anos, o SPRA apresentou ao SREC a reivindicação da FENPROF, junto do Ministério da Educação. A proposta aponta para que a recuperação seja de 20% por ano, do tempo global, a iniciar em 2019 e a terminar em 2023. Esta solução, se for aceite nas negociações com o ME, será aplicada diretamente na Região Autónoma dos Açores, conforme afirmado pelo Governo Regional.

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Plenários Sindicais em janeiro de 2018

O SPRA, no sentido de informar e de debater com os docentes da Região todos os assuntos que estão na ordem do dia, ou seja, o descongelamento, as progressões e a recuperação do tempo de serviço congelado, desde janeiro de 2011 até 31 de dezembro de 2017, irá promover plenários em todas as ilhas, conforme mapa:

  

DIA

HORAS

LOCAL

12 janeiro

9:00 – 17:00

S. Miguel / Ponta Delgada

Aula Magna da Universidade dos Açores

15 janeiro

9:00 – 16:30

Sta Maria / Vila do Porto

Sala de Formação da EBS de Sta Maria

9:00 – 16:30

S. Jorge / Calheta

Sala de Formação dos Bombeiros da Calheta

9:00 – 16:30

Pico / Madalena

Auditório da EBS da Madalena

16 janeiro

9:00 – 16:30

Faial / Horta

Auditório da EBI da Horta

17 janeiro

9:00 – 16:30

Graciosa / Sta. Cruz

EBS da Graciosa

19 janeiro

9:00 – 17:00

Terceira / Angra do Heroísmo

Centro Cultural de Angra do Heroísmo

22 janeiro

9:00 – 16:30

Flores / Sta. Cruz

Anfiteatro da EBS das Flores

23 janeiro

16:00

Corvo / Vila do Porto

Biblioteca da EBS Mouzinho da Silveira

Nota Informativapdf

Cartaz dos plenáriospdf

Oficio de solicitação de reuniãopdf

SPRA solicita dados sobres os docentes da Região

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Na sequência da reunião que esta estrutura sindical teve com o Presidente do Governo Regional do Açores, no passado dia 21 de novembro, em que V. Exa esteve presente, e onde foi assumido pelo Governo Regional que se aplicariam, na Região, as soluções encontradas no território nacional, relativamente ao descongelamento da carreira docente, a janeiro de 2018, e à recuperação do tempo de serviço congelado para efeitos de progressão entre 2011 e 2017, e, ainda, nos termos do artigo 363.º da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, vem o Sindicato dos Professores da Região Açores requerer a V. Ex.ª o envio de dados estatísticos relativos aos docentes em carreira, na Região Autónoma dos Açores, designadamente os seguintes mapas:

  1. Distribuição dos docentes do quadro pelos diversos escalões da carreira docente nas respetivas Unidades Orgânicas;
  1. Previsão do número de docentes, por escalão, em progressão em 2018, 2019, 2020 e 2021;
  1. Previsão do número de docentes, por escalão, em progressão no mês de janeiro próximo.

Aguardando o envio tão breve quanto possível dos dados solicitados, apresentamos os melhores cumprimentos

O Presidente do SPRA

Oficio remetido ao SRECpdf

Reunião negocial sobre a recomposição da carreira, 15 de dezembro

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Reunião negocial sobre a recomposição da carreira, 15 de dezembro

  • Projeto de Resolução dos Verdes que visava a contagem integral do tempo de serviço foi aprovado no parlamento apenas com a abstenção de PSD e CDS-PP;

Conforme previsto na Declaração de Compromisso assinada, em 18 de novembro, entre o governo e as organizações sindicais de docentes, realizou-se a primeira reunião do processo negocial relativo à designada recomposição da carreira.

A recomposição da carreira compreende três componentes:

– Reposicionamento dos docentes que, tendo entrado na carreira durante o período de congelamento, ficaram retidos no 1.º escalão;

– Descongelamento das progressões, que se realizará nos termos definidos para o conjunto da Administração Pública;

– Recuperação do tempo de serviço perdido pelos professores ao longo de 9 anos, 4 meses e 2 dias de atividade desenvolvida.

Participaram nesta reunião todas as organizações que subscreveram a Declaração de Compromisso. Em causa estiveram a apresentação dos dados relativos aos diferentes aspetos em análise no âmbito do modelo a negociar e a fixação do calendário negocial, nos termos, aliás, do que se encontra consagrado na Lei de Trabalho em Funções Públicas quanto à negociação coletiva.

A melhor notícia, contudo, não vem da reunião com as secretárias de Estado Adjunta da Educação e da Administração e Emprego Público, mas sim da Assembleia da República: o Projeto de Resolução do Partido Ecologista “Os Verdes” para a contagem integral do tempo de serviço para efeitos de progressão na carreira foi aprovado, hoje, 15 de dezembro, pela maioria parlamentar (PS, PCP, BE, PEV e PAN), tendo havido apenas a abstenção do PSD e CDS-PP (os dois partidos que formavam a anterior maioria que suportava o governo de Passos Coelho – Paulo Portas – Nuno Crato). Esta é mais uma importante vitória da razão dos docentes portugueses, estando agora o governo obrigado, mais do que nunca, a negociar e a tomar as medidas necessárias para que esta decisão (que já fazia parte da Declaração de Compromisso) seja efetivamente concretizada.

Entretanto, os docentes começaram a receber uma carta do ministro da Educação na qual o governante apenas se refere de uma forma pouco clara, em relação a alguns aspetos, ao que será o processo de descongelamento, procurando desligar este da contagem integral do tempo de serviço. Para a FENPROF esta é matéria que deverá ser tratada em conjunto com as outras duas acima referidas (reposicionamento e descongelamento), evitando-se, dessa forma, que o governo procure adiar a definição dos tempos, calendários e processos para a contagem integral de todo o tempo de serviço, como ficou estabelecido na Declaração de Compromisso.

A próxima reunião do processo negocial hoje iniciado e que pretende concretizar os termos da Declaração de Compromisso ficou agendada para 24 de janeiro de 2018.

No entanto, as negociações entre a FENPROF e o ME vão prosseguir ainda durante este ano de 2017, estando já confirmada nova reunião a 20 de dezembro para prosseguir o processo negocial em curso, relativo à revisão do regime geral de concursos, aprovação de normas concursais para docentes do ensino artístico especializado e de técnicas especiais e à fixação de normas para progressão aos 5.º e 7.º escalões da carreira docente, tendo o Ministério acrescentado à ordem de trabalhos desta reunião a questão da criação do grupo de recrutamento de Língua Gestual Portuguesa.

Para 10 de janeiro, está marcada a primeira reunião do processo negocial relativo ao posicionamento dos docentes retidos no 1º escalão, e a 26 de janeiro tem lugar a primeira discussão sobre as questões relacionadas com o desgaste da profissão docente, como os horários de trabalho e a criação de um regime específico de aposentação. 

O Secretariado Nacional

Nota informativa sobre a estratégia sindical do SPRA

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COMUNICADO SOBRE A CONVERGÊNCIA EM FORMAS DE LUTA REGIONAIS

A Direção do Sindicato dos Professores da Região Açores, face aos pedidos de esclarecimento que têm sido feitos sobre a convergência em formas de luta regionais no início de 2018, considera que é relevante, no atual momento, em que o Governo da Republica recuou face à sua posição inicial de não recuperação do tempo de serviço congelado dos docentes, apresentar quatro considerações a todos os Docentes que trabalham na Região:

  1. O SPRA tem, no seu passado – e, em particular, no seu passado recentemuito trabalho e empenho na defesa da profissão docente, sendo sempre as suas reivindicações feitas em unidade com os docentes nos Açores, destacando-se o combate à precariedade e a defesa da carreira, de horários de trabalho justos e dignos, bem como da sua uniformização, e de um regime específico de aposentação.
  2. Os processos de luta encetados pelos professores e educadores, promovidas intensamente pelo SPRA/FENPROF, tiveram como consequência a abertura de um importantíssimo processo negocial com o Governo da República – quando muitos diziam ser impossível, a começar pelo próprio Governo.
  3. O processo negocial com o Ministério da Educação iniciou-se hoje, 15 de dezembro, estando já agendada nova reunião para 10 de janeiro. Este processo negocial visa, na sua essência, a “recomposição da carreira”, permitindo a recuperação do tempo de serviço congelado e a possibilidade de todos os docentes chegarem ao topo da carreira.

  4. O SPRA, estando firme, convictamente e de boa fé envolvido no corrente processo negocial, não pode, nesta fase, com os desenvolvimentos entretanto ocorridos, aderir a um processo de luta autónomo, porque nos tiraria toda a legitimidade e credibilidade, no presente e no futuro.

O SPRA irá ouvir os docentes nos Açores, em plenários em todas as ilhas, iniciando-se em 12 de janeiro, em Ponta Delgada, e terminando a 23 de janeiro, no Corvo. Nesta fase, como já referimos, perante os desenvolvimentos, decidiremos, em conjunto com os professores e educadores, qual a estratégia de luta mais adequada na defesa da nossa Profissão.

Não pretendemos influenciar nenhum docente sobre a sua adesão a qualquer forma de luta. Nesse sentido, remetemos mais esclarecimentos para o mês de janeiro, nomeadamente sobre os seguintes aspetos:

  • a história e a estratégia reivindicativas dos docentes no plano regional, em particular nas lutas que tiveram sucesso;
  • as reivindicações expostas no pré-aviso de greve e a sua pertinência regional e/ou nacional;
  • o momento adequado para promover uma luta.

 Angra do Heroísmo, 15 de dezembro de 2017

 A Direção do SPRA

SPRA oficia DRE sobre entrega de avaliações e formação dos novos programas no 1.º Ciclo

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O SPRA enviou um ofício, endereçado ao Diretor Regional da Educação, onde se pede que sejam resolvidos alguns problemas sentidos pelos professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico.

Entre eles, contam-se a instrução emanada da DRE, para a entrega das avaliações se processar durante as interrupções letivas, sendo uma discriminação relativamente a outros ciclos. Em particular, esta decisão, por ter sido comunicada numa altura próxima das reuniões, trouxe algum prejuízo para a vida privada destes professores.

Por outro lado, o acompanhamento e formação dos novos programas de Português e Matemática têm trazido uma sobrecarga de trabalho, obrigando os docentes a trabalhar, nas semanas de formação, mais de 40 horas semanais.

Veja aqui o ofício enviado  pdf

Negociações com o Ministério da Educação iniciam-se amanhã

Na reunião será abordada a recomposição da carreira, que compreenderá três componentes: reposicionamento dos docentes que, tendo entrado na carreira durante o período de congelamento, ficaram retidos no 1.º escalão; descongelamento das progressões, que se realizará nos termos definidos para o conjunto da Administração Pública; recuperação do tempo de serviço perdido pelos professores ao longo de 7 anos, nos Açores, e, no Continente, ao longo de 9 anos, 4 meses e 2 dias.

Esta primeira reunião, de acordo com a convocatória recebida pela FENPROF, terá lugar nas instalações da Direção-Geral da Educação, sitas na Avenida 24 de Julho, n.º 140, em Lisboa, nela participando todas as organizações que subscreveram a Declaração de Compromisso. Ainda de acordo com a convocatória recebida, a reunião destinar-se-á à apresentação dos dados relativos aos diferentes aspetos em análise no âmbito do modelo a negociar e à fixação do calendário negocial.

Para a FENPROF, é preciso dar prioridade à negociação, mantendo a luta na agenda!

Veja aqui a nota do Conselho Nacional da FENPROF

Nesse sentido, e no quadro da campanha, em curso, de Valorização da Educação e dos seus Profissionais, a FENPROF promoveu já uma Tribuna Pública, no passado dia 7 de dezembro, no Largo de Camões, em Lisboa, com a presença de figuras públicas dos mais variados setores da vida nacional, que deixaram o seu apoio aos professores e educadores.

Veja aqui a notícia da FENPROF sobre a Tribuna Pública

Foram também promovidos plenários de docentes, com o intuíto de esclarecer sobre o complexo processo negocial em curso. Nos plenários foram aprovadas posições sobre as negociações e formas de luta a desenvolver.

Recorde-se que na Região Autónoma dos Açores, o SPRA convocou plenários em todas as ilhas para janeiro.

Veja aqui a notícia da FENPROF sobre os plenários nacionais

Veja aqui a notícia do SPRA sobre os plenários regionais

Ministério da Educação quer impor concurso que não resolve os problemas que criou

Sempre que se realizou um concurso interno antecipado foi-lhe associada uma Mobilidade Interna, nos exatos termos em que a prevê o regime geral de concursos. Da primeira vez em que isso era indispensável (o ME admite que este concurso interno antecipado se destina a mitigar a insatisfação pelo que aconteceu no início do ano), o ME decide alterar a forma como a Mobilidade Interna decorrerá, na prática, anulando o efeito pretendido com a antecipação. A manter-se esta posição do ME, estaremos perante um logro.

Entende, ainda, a FENPROF que as alterações ao regime de concursos deverão ir além da antecipação do concurso interno. É necessário corrigir outros aspetos, tais como:

  • Definição de regras objetivas para a abertura de lugares, de acordo com necessidades reais das escolas;
  • Prioridade única para todos os docentes de todos os quadros, tanto no concurso interno, como na mobilidade interna;
  • Redução da área geográfica dos QZP;
  • Vinculação aos 3 anos de serviço, no respeito pelas normas previstas no código de trabalho (possibilidade de interrupção não superior a 1/3 da duração do contrato anterior) e considerando completos, para este efeito, todos os horários acima de 20 horas;
  • Acesso de todos a todas as vagas colocadas a concurso, ou seja, quando há concurso externo para vinculação, as vagas abertas não podem deixar de ser antes colocadas no concurso interno.

Outras matérias estiveram também em discussão nesta reunião negocial, a saber:

Regime de concursos para docentes de Música e Dança

Independentemente de alguns aspetos relativos ao regime, que a FENPROF ainda espera que sejam melhorados, o problema maior é que o ME, apesar do compromisso que assumiu, não prevê um concurso de integração extraordinário, pelo que alguns docentes com muitos anos de serviço poderão ficar de fora, sendo ultrapassados por outros. O ME diz estar convicto que não, mas sem garantir.

Concurso de integração extraordinária para docentes de técnicas especiais

O problema, neste caso, é inverso, pois o projeto do ME não prevê um regime de concursos para o futuro, que, entre outros aspetos, inclua uma norma de vinculação dinâmica. Assim, poder-se-á estar a resolver um problema imediato, mas sem resolver a questão de fundo, o que significa que o problema voltará a colocar-se mais tarde.

Progressão aos 5.º e 7.º escalões (matéria exclusiva da carreira do Continente)

A ausência de uma percentagem mínima para qualquer um dos casos (previsto no acordo de princípios de 2010), deixa à discricionariedade dos governos, em particular, das finanças, em cada ano, a decisão sobre o número de vagas. Daí poderá resultar a não abertura de qualquer vaga para progressão, como acontece, por exemplo, com as vagas das licenças sabáticas e de equiparação a bolseiro. O ME recusa mesmo prever na Portaria a aprovar a obrigatoriedade de negociação anual das vagas.

O ME pretende atribuir uma bonificação que não tem qualquer efeito prático a quem ficar retido nos 4.º e 6.º escalões, por falta de vagas. A FENPROF considera que a única forma de compensar a retenção será deduzir esse tempo nos escalões seguintes, eventualmente, 1 ano por cada escalão. Esta será, também, a única forma de não fazer aumentar a duração da carreia, que já está em 34 anos. O ME recusa esta possibilidade.

Não há qualquer norma transitória para quem aguarda, há 7 anos, pela saída desta portaria. Para a FENPROF, estes docentes deverão progredir, excecionalmente, aos 5.º e 7.º escalões, sob pena de muitos perderem, de imediato, ainda mais do que os 9 anos, 4 meses e 2 dias de todos os outros.

O Secretariado Nacional da FENPROF

FENPROF contra a Municipalização da Educação!

A FENPROF não desiste de lutar e de alargar o esclarecimento geral para os problemas que advirão do processo de municipalização que o governo quer levar por diante. Como dizia na faixa exibida na Portimão Arena, à entrada para o Congresso da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), ’Municipalização, nem recauchutada!‘ Este é um presente envenenado para os municípios, com o qual o poder central visa descartar responsabilidades e justificadas insatisfações e protestos.

No documento distribuído, refere-se que «há vários anos que as propostas da FENPROF apontam caminho diverso daquele que o governo quer seguir. A FENPROF defende que a nível municipal, devem ser criados Conselhos Locais de Educação com forte participação das autarquias e das escolas e que contem, nomeadamente, também com os pais, estudantes, interesses económicos, sociais e culturais».

Para a FENPROF, prossegue o texto do documento, «a descentralização não é um mero processo técnico para tentar assegurar eficácia na administração educativa. A descentralização é uma opção política que assume a atribuição, a órgãos regionais e locais, de competências próprias que devem ser exercidas no respeito por opções e orientações políticas nacionais. Não se trata dos atuais Conselhos Municipais de Educação, mas de órgãos dotados de autonomia e poderes próprios de administração e coordenação, na área de cada concelho. Não se argumente que se trata de mais uma estrutura a implicar custos porque a sua composição não os exige».

Porém esse não é o caminho que o governo e a direita pretendem. Esta, teve sempre o objetivo de esvaziar as escolas das suas competências e de retirar a Educação da esfera do Estado, caminhando progressivamente para a sua privatização.

A FENPROF não abdica, assim, de combater mais esta tentativa perpetrada agora, com a pressão de autarcas sequiosos de poder, pelo atual governo e declara que “Os professores e educadores afirmarão, pela luta, a sua oposição às posições do governo que a proposta de lei-quadro indicia.”

A FENPROF discorda globalmente da proposta de lei-quadro apresentada pelo governo, relativa à transferência de novas responsabilidades para as autarquias locais. A FENPROF opõe-se, igualmente, à pressa do governo no desenvolvimento deste processo, pois em matérias que constituem uma reconfiguração do Estado, a pressa é má conselheira.

 

SPRA promove plenários de docentes

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Tal como foi anunciado no passado dia 21 de novembro, após a reunião do SPRA com o Presidente do Governo Regional dos Açores, por nós solicitada, e marcada na sequência da entrega do abaixo assinado que exigia a abertura de um processo negocial na Região de forma autónoma das negociações que ocorrem no plano nacional, e face à indisponibilidade do Presidente do Governo Regional para uma negociação regional, o SPRA convocou plenários de docentes em todas as ilhas.

Ver nota de imprensa do dia 21 de novembro aqui.

Nestes plenários, que ocorrerão no mês de janeiro, serão analisados os desenvolvimentos decorrentes das lutas travadas, nomeadamente da greve nacional de 15 de novembro e do processo negocial nacional que com ela foi iniciado, considerando o compromisso assumido publicamente pelo Presidente do Governo Regional de aplicar na Região tudo o que for conseguido no plano nacional e de analisar eventuais problemas resultantes da aplicação direta das normas nacionais aos docentes nos Açores.

Os compromissos assumidos pelo Governo da República nas reuniões que já ocorreram com a FENPROF podem ser vistos aqui.

Serão também decididas formas de luta (nacionais e/ou regionais) que permitam dar expressão e sentido à campanha 2017/2018: Tempo de resolver problemas, que o SPRA está a promover, como sindicato membro da FENPROF.

Estes plenários iniciam-se no dia 12 de janeiro, em Ponta Delgada, após as reuniões de negociação de dia 15 de dezembro (sobre a recuperação do tempo de serviço congelado para efeitos de progressão na carreira) e de dia 10 de janeiro (sobre o reposicionamento dos docentes que entraram para os quadros desde 2011 e que por isso ficaram retidos no 1.º escalão).

Desta forma, nesta fase, já estarão claros os contornos do que já terá sido conseguido nesta luta pelos docentes, e portanto haverá maior facilidade em decidir que caminho queremos seguir na defesa da Profissão Docente.

A Direção do SPRA

Veja aqui o cartaz dos plenários  pdf

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