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Graça Franco (Rádio Renascença), o verdadeiro desemprego e a credibilidade do economista Eugénio Rosa

 

” (…) Voltando ao desemprego, a sua verdadeira dimensão social vai muito para além dos assustadores 8,2 por cento da taxa de desemprego trimestral revelados pelo INE. Se aos mais de 458 mil desempregados “oficiais” somarmos todos aqueles que estariam dispostos a trabalhar, mas não procuraram activamente emprego (ou seja, os que já desistiram de o procurar…) e ainda os que, na semana anterior ao inquérito, trabalharam, menos de 15 horas (sobrevivendo de uns míseros biscates), chegamos à conclusão de que, afinal, são mais de 612 mil os que não encontram lugar no mercado de trabalho – isto é, há quase 11 por cento da população activa desaproveitada. Para ser mais exacta, e citar o economista Eugénio Rosa, o verdadeiro desemprego sobe afinal “para 10,9 por cento”.

Contra esta lógica, o Eng.º Sócrates gosta de sublinhar que Eugénio Rosa é do PCP, como se ser comunista implicasse ser atacado por um vírus ideológico que inevitavelmente descredibiliza os resultados obtidos pela máquina de calcular. Curiosamente, embora insuspeita de simpatias marxistas e sem filiação partidária, chego exactamente às mesmas contas de Rosa (…)”

Graça Franco, jornalista, subdirectora de Informação da Rádio Renascença,
crónica no “Público” de 23 de Fevereiro de 2007

ESCOLAS MAIS SEGURAS

SEGURANÇA INTEGRAL – ESCOLAS MAIS SEGURAS

 

Antigamente, estávamos acostumados a tomar conhecimento de actos de violência nas escolas, que se resumiam a lutas de alunos nos recreios. Hoje, os trabalhadores desta área estão cada vez mais debaixo de fogo. Na Europa, cerca de 11 milhões de pessoas trabalham na área da educação, incluindo docentes e pessoal administrativo e auxiliar. De acordo com uma investigação recente, 15% destes profissionais – cerca de 1 milhão e 600 mil – foram vítimas, no local de trabalho, de agressões físicas ou verbais por parte de alunos, ex-alunos, pais, visitantes ou intrusos. A intimidação e o assédio exercidos por colegas de trabalho são mais frequentes do que possa pensar-se. Pode acontecer que os trabalhadores desta área sejam vítimas de actos de violência, porque os agressores os consideram como representantes da instituição ou do sistema.

A violência é apenas um dos muitos perigos a que estes trabalhadores estão expostos. Na realidade, o perigo está presente quando eles estão em contacto com substâncias perigosas nos laboratórios, quando são feridos no decurso de actividades desportivas, quando são sujeitos a stress relacionado com o trabalho, quando escorregam em pavimentos em que abundam os detritos.

Segundo a mesma investigação, todos os anos, cerca de meio milhão de trabalhadores do ensino apresenta baixas médicas de mais de seis dias, por acidentes e doenças profissionais. Estas baixas representam 40% do absentismo no sector. Os acidentes resultantes de escorregadelas e tropeções são os mais comuns, seguidos das doenças do aparelho respiratório. A área da educação tem a terceira maior incidência de casos de doenças pulmonares, logo depois dos sectores de mineração e de exploração de pedreiras.

A violência na área da educação não afecta apenas as vítimas, mas outras pessoas que com elas convivem. As consequências para as vítimas incluem danos físicos, stress, trauma emocional, sensação de impotência, desmotivação. As consequências para as instituições incluem maior flutuação de pessoal, aumento do absentismo e de baixas médicas, agravamentos de prémios de seguro.

As instituições têm a responsabilidade social de defender os princípios da dignidade e do respeito, bem como o dever legal de prevenir a violência. As causas da violência assentam em complexos factores sociais, estruturais, organizacionais ou ambientais, pelo que não há uma única solução para cada problema. A prevenção dá-se em dois níveis: evitando que se produzam actos de violência e apoiando as vítimas, se os acidentes acontecerem. As soluções preventivas devem implementar-se após a avaliação de riscos, utilizando mesmo informação das forças de segurança e em colaboração com elas. Se contactarmos cada estabelecimento de ensino, verificamos que as situações divergem umas das outras, apresentando soluções diferentes, de acordo com a orientação dos respectivos órgãos de gestão. Na Dinamarca, algumas escolas adoptaram programas inovadores, cada um pretendendo ser mais eficiente que o outro, para tentar reduzir os casos de esgotamento físico e psíquico e o stress do pessoal docente. Estas medidas resultaram na redução das taxas de absentismo, na redução dos confrontos físicos entre pessoal e estudantes, bem como num maior nível de satisfação dos professores. Os programas incluíram formação sistemática em técnicas de comunicação e de gestão dos riscos, encenações para ajudar o pessoal a perceber como é possível anular a potencialidade de confrontos com os estudantes e, para os novos professores, sessões de iniciação, incluindo reuniões com um representante da segurança, um psicólogo, um conselheiro e o director.

Em todos os países da Europa, foram tomadas iniciativas, com êxito, como formação do pessoal de limpeza no tratamento de resíduos perigosos de laboratórios universitários ou, ainda, concepção de dispositivos ergonómicos para reduzir os distúrbios músculo-esqueléticos.

A solução para a melhoria da segurança e da saúde na área da educação, bem como em outras áreas, da agricultura à construção, reside em incutir nas pessoas, desde a mais tenra idade, o valor humano e económico da segurança e da saúde. Tal como, a partir da escola primária, se ensina a tabuada como base de cálculos matemáticos mais avançados, também deveriam ser ensinados os conceitos de segurança e saúde, começando pelos princípios básicos e evoluindo para questões de maior complexidade, como a avaliação de riscos, de acordo com a idade das crianças. Em resumo, o ensino da segurança e da saúde deveria ser integrado nos currículos escolares.

Vários países já aderiram a esse conceito de integração. Em Itália, a organização de Segurança e Saúde no Trabalho produziu um CDROM interactivo destinado às escolas primárias, intitulado “Na casa de Luca”, que, através de jogos e outros meios, ensina às crianças princípios básicos de segurança. A Dinamarca promulgou recentemente legislação que impõe a integração da formação em Segurança e Saúde no Trabalho nos currículos escolares. O Reino Unido, Espanha e Portugal também têm programas para integração da Segurança e Saúde no Trabalho no ensino.

Esperamos que a violência sobre estes profissionais diminua, para que possam conseguir a serenidade necessária ao bom desempenho das funções deles.

Madalena de Lima

madalenalima@netcabo.pt

Plenário Eleitoral para a Direcção e para a Comissão Fiscalizadora de Contas da União de Sindicatos de S. Miguel e Santa Maria – CGTP-IN

   

Realizou-se hoje, dia 23 de Janeiro, o Plenário Eleitoral para a Direcção e para a Comissão Fiscalizadora de Contas da União de Sindicatos de S. Miguel e Santa Maria – CGTP-IN, para o quadriénio 2007-2011. Decorreu na sede da União, em Ponta Delgada, e contou com a presença de 11 sindicatos.

   

Feito o escrutínio, a Lista A, única candidata, apresentada pela Direcção cessante, saiu vencedora, por unanimidade, a Direcção (70 votos a favor), e por maioria, a Comissão Fiscalizadora de Contas (63 a favor e 7 em branco).

 

 

Seguidamente, procedeu-se à Tomada de Posse da lista eleita.

 

 

Pela primeira vez, como sindicato filiado na CGTP-IN, o SPRA integra a Direcção da União, cuja composição é a seguinte:

   

DIRECÇÃO


 

EFECTIVOS:

 

– Adriano Manuel Mota Costa – (Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações)
– António José Medeiros Resendes – (Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores)
– Eduardo Botelho Costa Gaipo – (Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores) 
– Joaquina Roque Duarte – (Sindicato dos Enfermeiros Portugueses)
– Jorge Francisco Leite Botelho Franco – (Sindicato das Indústrias da Alimentação e Bebidas dos Açores)
– José Arsénio Sousa Chaves – (Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas)
– José Augusto Lima Bettencourt Correia – (Sindicato dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual)
– Maria da Graça Oliveira Silva – (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local)
– Maria Helena Fontiela Figueiredo Paulino – (Sindicato dos Profissionais dos Transportes, Turismo e Outros Serviços de São Miguel e Santa Maria)
– Maria Luísa Pereira Cordeiro – (Sindicato dos Professores da Região Açores)
– Patrícia de Lurdes Raposo Pereira Branco Santos – (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local)
– Paulo Jorge Estêvão Marques – (Sindicato dos Trabalhadores do Serviço de Portaria, Vigilância, Limpeza e Actividades Diversas)

 

SUPLENTES:

 

– Gualberto do Couto Rodrigues – (Sindicato das Indústrias Transformadoras das Ilhas de São Miguel e Santa Maria)
– José Melo Leite Oliveira – (Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual)
– Luís Alberto da Costa Soares – (Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações)

 

 

COMISSÃO FISCALIZADORA DE CONTAS


 

– José Manuel Sousa Dias – (Sindicato dos Trabalhadores Gráficos)

– Paulo Vasco Ferreira de Medeiros – (Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas)
– Pedro Luís Furtado Martins – (Sindicato dos Trabalhadores de Serviço de Portaria, Vigilância, Limpeza e Actividades Diversas)

 

8 DE MARÇO – DIA INTERNACIONAL DA MULHER

 
Pela Igualdade e pelos Direitos
Mudança de Políticas – SIM!

 

Foi em 1857 que mais de uma centena de corajosas operárias têxteis de Nova Iorque morreram ao lutarem por salários justos e pela redução da jornada de trabalho.

Recusavam, já nesse tempo, a discriminação e a exploração patronais, que lhes impunham menos de um terço do salário dos homens, que as obrigavam a trabalhar entre 12 e 16 horas diárias e lhes exigiam ritmos de trabalho desumanos e sem descanso, que lhes recusavam direitos elementares de protecção da maternidade e de apoio à família.

Fizeram História, essas mulheres, e projectaram para as gerações futuras o seu exemplo, a sua determinação, a sua coragem e a justeza da sua luta, em razão de condições de vida dignas, da justiça social e da igualdade entre os sexos.

150 Anos depois – apesar da existência de normas internacionais, europeias e nacionais que estabelecem a igualdade de mulheres e homens e proíbem as discriminações no plano formal – na prática, deparamo-nos com problemas semelhantes, ainda que com dimensões diferentes, já que a essência da natureza de classe do capitalismo se mantém inalterada.

150 anos depois, no ano que a União Europeia instituiu como da “Igualdade de Oportunidades para Todos – Para uma Sociedade Justa”, as trabalhadoras portuguesas inscrevem, ainda, entre os seus objectivos de luta:

  • a eliminação de discriminações salariais e o combate à carestia de vida;
  • horários de trabalho que permitam articular vida profissional e familiar;
  • o fim do despedimento ilegal de grávidas e da violação dos direitos de maternidade e de paternidade nos locais de trabalho;
  • a criação de uma rede pública de infra-estruturas sociais (creches, jardins de infância e outros) adequada às necessidades;
  • a implementação de políticas económicas, sociais e de saúde que garantam estabilidade e condições de vida digna às mulheres e às famílias.

2007 Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos

 
 
Em 2007 celebra-se o Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos, subordinado ao tema “Para uma Sociedade Justa” e que tem como objectivo sensibilizar, atrair atenção política e mobilizar intervenientes estratégicos para as questões da igualdade e da não-discriminação. No âmbito desta iniciativa que se articulará em redor de quatro temas: os direitos, a representação, o reconhecimento e o respeito, serão desenvolvidas diversas actividades em todos os Estados-Membros.

Portugal acolherá, no âmbito da presidência da União Europeia a seu cargo no segundo semestre de 2007, a conferência internacional de encerramento do Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos, marcada para 21 e 22 de Novembro.

Para mais informações, poderá consultar o site da CIDM ou o novo site da Comissão Europeia sobre o Ano Europeu 2007.

Vencimentos 2007

Docentes em carreira

Docentes noutras situações

Escalão

Tempo

Índice

Remuneração

Contratados

Índice

Remuneração

2
112

969,42 €

Licenciados profissionalizados

151

1.306,98 €

3
125

1.081,94 €

Licenciados profissionalizados no 1º ano de contrato

126

1.090,59 €

3
151

1.306,98 €

Licenciados não profissionalizados

126

1.090,59 €

4
167

1.445,47€

Não licenciados profissionalizados

112

969,42 €

4
188

1.627,23 €

Não licenciados profissionalizados no 1º ano de contrato

89

770,34 €

3
205

1.774,38 €

Não licenciados não profissionalizados

89

770,34 €

7º/l
3
218

1.886,90 €

Sem habilitação legal e sem curso superior

83

718,41 €

7º/ll
 
223

1.930,18 €

Docentes em Pré-Carreira

 
 
7º/lll
 
235

2.034,04 €

Licenciados

136

1.177,15 €

3
245

2.120,60 €

Não licenciados

99

856,89 €

5
299

2.587,99 €

Docentes profissionalizados dos QZP

 
 
10º
340

2.942,87 €

Licenciados

151

1.306,98 €

Período Probatório

Não licenciados

112

969,42 €

Licenciados

126

1.090,59 €

Índice 100 para 2007

865,55€

Bacharéis

89

770,34 €

Subsídio de refeição

4,03 €

Em destaque