Apesar do compromisso público de José Sócrates de que não sofreríamos nova redução do poder de compra, verificou-se precisamente o contrário. No final de 2008 teremos perdido mensalmente 0,9% do salário. |
Com base nos Quadros I e II e exigindo o respeito pela Lei n.º 23/98, a Frente Comum apresenta a seguinte Proposta Reivindicativa para 2009: Desde 2000 que se verifica uma redução do poder de compra dos vencimentos dos trabalhadores da Administração Pública que variou entre -7,2% e -10,4%. E isto porque em 2003, os vencimentos superiores a 1008 Euros foram congelados. Em 2004, verificou-se idêntica medida em relação aos vencimentos superiores a 1.024,09 euros. Este crescimento zero afectou mais de 175.000 trabalhadores da Administração Pública, abrangendo a grande maioria dos docentes e investigadores. Apesar do compromisso público tomado pelo Primeiro Ministro Sócrates aquando da aprovação na Assembleia da República do OE2008, de que, este ano, os trabalhadores da Administração Pública não sofreriam uma nova redução no seu poder de compra, verificou-se precisamente o contrário. Mesmo quando o OE2008 foi aprovado era já previsível que o aumento dos preços fosse superior ao previsto pelo governo que era apenas de 2,1%. Mesmo assim, o governo insistiu na sua previsão irrealista de aumento de apenas em 2,1% da taxa de inflação em 2008, o que determinará que os trabalhadores sofrerão este ano mais uma redução do seu poder de compra que não deverá ser inferior a 0,9%; Como consequência, entre 2000 e 2008, os trabalhadores, cujos salários não foram congelados naqueles anos (estima-se em 75% do total), registarão uma diminuição no seu poder de compra que rondará 7,2%, enquanto aqueles que sofreram congelamento em 2003 e 2004 registaram uma redução de 10,4%. |
Objectivos para 2009
RECUPERAR uma parte do poder de compra perdido desde 2000, através do aumento de 50 euros nas posições remuneratórias; GARANTIR a efectivação do compromisso do Primeiro Ministro, aquando da aprovação do OE2008, de que os trabalhadores não sofreriam, neste ano, nova redução no seu poder de compra – no concreto, o poder de compra perdido em 2008 atinge -0,9%; ASSEGURAR que, em 2009, a actualização dos vencimentos ? já corrigidos com a efectivação do compromisso do primeiro ministro e com a recuperação de uma pequena percentagem do poder de compra perdido, desde 2000 ? seja superior à taxa de inflação desse ano. GARANTIR que na elaboração dos mapas de pessoal (Ensino Superior), durante a preparação do Orçamento do Estado para 2009, não sejam criadas nem condições nem justificações para despedir trabalhadores, ou para os colocar na situação de mobilidade especial (SME); LUTAR pela revogação e ou declaração de inconstitucionalidade de ?todas as normas e diplomas legais que vieram retirar direitos adquiridos aos trabalhadores da Administração Pública. TABELA SALARIAL E RESTANTES PRESTAÇÕES PECUNIÁRIAS REESTRUTURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – Emprego Público e estabilidade, contra a precariedade a) Revogação da Lei 12-A/2008, a fim de assegurar o vínculo de emprego público a todos os trabalhadores da Administração Pública; b) Rejeição do Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas, com a retirada do despedimento por inadaptação (sem justa causa); c) Transformação em vínculo permanente (nomeação definitiva) do vínculo precário de todos os trabalhadores que estejam a desempenhar funções que correspondam a necessidades permanentes dos serviços; e) Revogação do SIADAP e legislação sectorial conexa, bem como estabelecimento de um sistema de avaliação de desempenho sem “quotas”, que tenha em conta o interesse público e o desenvolvimento profissional dos trabalhadores da Administração Pública (AP); Liberdade sindical a) Rejeição de todas as medidas atentatórias dos direitos dos Sindicatos à liberdade, legitimidade e direito à negociação; Acção social complementar a) Manutenção dos direitos adquiridos e atribuídos pelos diversos Serviços Sociais da AP, alargando o seu âmbito a todos os trabalhadores; b) Redução do valor das contribuições para a ADSE, de forma a que os trabalhadores da AP não sejam penalizados, pagando mais do que a generalidade dos trabalhadores paga à Segurança Social, com a anulação do valor pago pelos aposentados; APOSENTAÇÃO MATERNIDADE a) Pagamento integral, aos trabalhadores em regime de contrato, do período de licença de maternidade e paternidade, mesmo que este se prolongue para além da data de caducidade do contrato. |
O Sindicato dos Professores da Região Açores é, desde a sua fundação, um sindicato de ação - a par de uma postura séria no campo negocial.
Estamos próximos dos docentes realizando reuniões e/ou deslocações também aos locais de trabalho, marcando a nossa presença em quase todas as escolas.
Temos uma política de porta aberta. As nossas instalações, as nossas reuniões e o nosso site estão abertos a todos os docentes.
Somos o sindicato mais representativo de professores da Região Açores e fazemos parte da maior organização sindical de professores do país, a FENPROF.