Quarta-feira, Julho 9, 2025
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Educação: Ministério nega que 20 mil docentes venham a ser dispensados

 

Lisboa, 10 Abr (Lusa) – O Ministério da Educação (ME) negou hoje que 20 mil docentes possam vir a ser dispensados pelo Governo no âmbito da mobilidade especial da Função Pública, como estimou o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC).

Razões do apoio do SPRA a Mário Nogueira para Secretário-Geral da FENPROF

Apoie Mário Nogueira a Secretário Geral da FENPROF
O apoio do Sindicato dos Professores da Região Açores à candidatura de Mário Nogueira a Secretário Geral da FENPROF fundamenta-se não em razões pessoais e políticas, mas estritamente sindicais. Mário Nogueira é um sindicalista de referência: é dinâmico, mobilizador, combativo, bom comunicador, conhecedor das questões sócio-profissionais e do movimento sindical, possui larga experiência de coordenação, demonstra capacidade de liderança e espírito democrático, tem grande disponibilidade e capacidade de trabalho.

Mário Nogueira é um sindicalista com provas dadas, que transmite ânimo, confiança e esperança a todos os que com ele trabalham e, sobretudo, aos Educadores e Professores deste país, que vêem nele o homem capaz de interpretar o seu sentir profissional, de o defender nas várias organizações e instâncias do poder e de o projectar no espaço público quando necessário for.

Mário Nogueira é, no momento presente, o sindicalista que, no plano da argumentação político-sindical, ao nível da educação, maiores constrangimentos tem causado ao Governo, sendo, por isso, um candidato incómodo, que importa neutralizar. Assistiremos a jogos políticos e a manobras de diversão para confundir a mais valia desta candidatura.

 

Contudo, Mário Nogueira e os seus apoiantes saberão resistir para que, nas funções de Secretário Geral, ele possa continuar a defender os interesses dos Educadores e Professores, a escola pública e uma educação de qualidade, mantendo a vitalidade da FENPROF, com a dimensão e a projecção que todos lhe reconhecem.

Armando Dutra
Presidente do SPRA

Educação Especial: comunidade científica confirma denúncia e críticas da FENPROF

 

A FENPROF tem vindo a denunciar que o Ministério da Educação, ao adoptar a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF 2001 da Organização Mundial de Saúde – OMS) como referencial teórico para a avaliação de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE), pretende deixar sem apoio especializado da educação especial um cada vez maior número de crianças e jovens com NEE, pondo em risco a Escola Inclusiva, vertente fundamental de uma Escola Pública de Qualidade e para Todos.

O ME tem vindo a impor às escolas a utilização da CIF 2001 OMS como instrumento de avaliação das NEE, violando, quer o quadro legal vigente, quer as próprias orientações da OMS, nomeadamente “que a CIF 2001 OMS nunca deve ser utilizada para rotular as pessoas ou identificá-las apenas em termos de uma ou mais categorias de incapacidade” [CIF, pag. 200] e “oferece uma estrutura conceptual para a informação aplicável aos cuidados de saúde pessoais, incluindo a prevenção, a promoção da saúde e a melhoria da participação, removendo ou atenuando as barreiras sociais e estimulando a atribuição de apoios e de facilitadores sociais.” [CIF, pag. 8]

As denúncias e tomadas de posição da FENPROF, relativamente a esta matéria, são agora corroboradas pelo Fórum de Estudos de Educação Inclusiva (FEEI) [subscrita por docentes da área de Educação Especial / Educação Inclusiva de 18 Instituições de Ensino Superior] ao afirmarem que a proposta do ME, de utilizar a CIF 2001 OMS, como critério de avaliação das NEE lhes “parece um equívoco“, sublinhando, ao mesmo tempo, que “esta tentativa de criar uma nítida separação entre os alunos com e sem deficiência em contextos educacionais afigura-se-nos como uma decisão cientificamente errada e que não promove a Educação Inclusiva, como é entendida pelas comunidades que a praticam e investigam“.

A aplicação, pelo ME, deste instrumento clínico de avaliação demonstra, uma vez mais, a sua obsessão economicista e de exclusão e a pretensão de criar dois sistemas paralelos: um para a maioria dos alunos e um outro para os alunos com deficiência, colocando um enorme grupo de crianças e jovens com NEE sem os apoios de que necessitam. O ME continua a confundir, por desconhecimento e incompetência, Regime Educativo Especial [Decreto-Lei n.º 319/91, de 23 de Agosto] e Medida de Ensino Especial.

A FENPROF reafirma a sua denúncia do desinvestimento que o ME tem vindo a fazer na Escola Pública, à qual tem retirado importantes meios e recursos materiais, humanos e financeiros, fundamentais para a garantia de uma verdadeira Inclusão dos alunos com NEE. No presente ano lectivo, os alunos com NEE ficaram sem apoio especializado ou viram o número de horas de apoio reduzido a níveis tão mínimos que está em risco a qualidade de intervenção dos serviços de educação especial.

Apesar da contestação e denúncia dos Sindicatos da FENPROF e da Comunidade Científica, o ME continua empenhado numa política inflexível e autista, prosseguindo com as já anunciadas medidas de redução do número de alunos apoiados e do tempo de apoio para os que dele continuam a beneficiar.

A FENPROF reafirma a sua firme intenção de continuar a defender uma Escola Pública de Qualidade e Inclusiva e declara-se disponível para cooperar com todas as entidades que queiram prosseguir o combate contra todas as medidas do Governo/ME que visem a construção de uma Escola em que a EXCLUSÃO (escolar e educativa) passe a ser a regra e a INCLUSÃO a excepção.

O Secretariado Nacional da FENPROF

Mário Nogueira, Secretário-Geral da FENPROF

Terminou o IX Congresso Nacional dos Professores, realizado em Lisboa nos dias 19, 20 e 21 de Abril, no Auditório na Faculdade de Medicina Dentária, sendo de referir quatro aspectos fundamentais:

 

  1. A grande determinação demonstrada por todos os delegados que não cederam perante a pressão exercida pelo Ministério da Educação sobre o exercício dos seus direitos sindicais de participação no Congresso. De lembrar que nos últimos dias o ME fez chegar aos órgãos de gestão indicações imprecisas quanto à justificação das faltas dos congressistas;
  1. A aprovação de um Plano de Acção para três anos que integra uma profunda reflexão sobre a Educação, o Ensino, a Formação, a Qualificação e a Profissão Docente e que terá de, inevitavelmente, ser, pela análise que contém, uma referência para quem, efectivamente, se preocupa com o desenvolvimento da Escola Pública Democrática, de Qualidade e para Todos;
  1. A aprovação de uma Resolução sobre a Acção Reivindicativa que é objectiva em relação ao desenvolvimento da luta, dirigida à mobilização de todos os docentes, definindo tarefas, acções, momentos de reflexão e estratégias a curto e médio prazo e que é um poderoso instrumento de trabalho, ao mesmo tempo que constitui um aviso ao Governo;
  1. A eleição do Secretário-Geral da FENPROF – Mário Nogueira integrando uma equipa de 35 dirigentes (membros do Secretariado Nacional) provenientes das Direcções de todos os Sindicatos membros e por propostos por cada uma das Direcções.
    A eleição de Mário David Soares, do Sindicato dos Professores do Norte, para Presidente do Conselho Nacional (órgão máximo da Federação entre Congressos) e de Manuel Menezes, do Sindicato dos Professores da Madeira, para Presidente do Conselho de Jurisdição.

INDIE LISBOA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA INDEPENDENTE

 
 
 
A 4.ª edição do festival IndieLisboa começou ontem em Lisboa com 223 filmes, numa maratona que se prolonga até 29 de Abril. O festival decorre este ano em quatro salas de cinema – o Cinema São Jorge junta-se aos tradicionais King, Londres e Fórum Lisboa – para 270 sessões de filmes da Europa, Ásia, Estados Unidos, Canadá, América Latina e África.

SPRA Informação n.º 27

Fevereiro de 2007

António de Oliveira Salazar

“Se a escolha do ‘maior português’ de todos os tempos nos mostra alguma coisa, ela mostra uma falta de identificação com a democracia e um gosto pela autoridade e pelos homens providenciais”.
 
José Vitor Malheiros, PÚBLICO, 27-03-2007

Decreto-Lei n.º 74/2004 de 26 de Março de 2004

Estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão curricular, bem como da avaliação das aprendizagens, no nível secundário de educação

Primeiro concurso de acesso a titular confirma carácter negativo e arbitrário das duas categorias da carreira docente

 

Teve hoje (12/02) lugar a primeira reunião do processo de regulamentação do ECD, tendo o ME decidido que esta se iniciaria pela definição das regras do primeiro concurso de acesso à categoria de titular.

A prioridade dada pelo ME a esta matéria decorre, segundo o Secretário de Estado Adjunto e da Educação, da necessidade de, já em Setembro, ter professores titulares nas escolas para que as suas estruturas de coordenação funcionem, numa clara desvalorização do trabalho empenhado e efectivo que milhares de docentes têm desenvolvido, precisamente para o funcionamento dessas estruturas.

Uma vez que o ME voltou a desrespeitar as regras negociais previstas na Lei – o calendário e metodologia da negociação foram fixados unilateralmente pelo Ministério da Educação – e apenas enviou a sua proposta à FENPROF na passada sexta-feira, ao final da tarde, esta Federação limitou-se a solicitar alguns esclarecimentos com vista à formulação de posteriores posições, sempre num quadro em que deixou claro o seu desacordo com a existência de categorias hierarquizadas na carreira docente.

De entre os diversos esclarecimentos solicitados, destaca-se o relacionado com a natureza das faltas, licenças e dispensas que o ME pretende que relevem negativamente para efeitos de acesso à categoria de titular, ficando esclarecida a sua intenção de incluir as que se encontram protegidas por lei, designadamente as licenças de maternidade e paternidade, o nojo, a assistência a filhos menores, entre outras.

A FENPROF considerou ainda inaceitável e inibidor de eventual apresentação de parecer, que o ME não apresente, neste projecto, a ponderação dos factores que levarão à atribuição da classificação que determinará o acesso dos docentes à categoria de titular. Não faz sentido que este diploma regulamentador do ECD careça, ele mesmo, de regulamentação, ainda mais em matéria fundamental como esta!

Inaceitável também é que a análise curricular se reporte apenas aos anos subsequentes a 2000/2001, sendo ignorada a riquíssima actividade desenvolvida por milhares de professores ao longo de décadas de carreira profissional.

A FENPROF reafirmou na reunião o desacordo com esta solução de carreira (divisão em duas categorias hierarquizadas) que impedirá milhares de docentes de atingir os escalões de topo e tornará cada vez mais difícil a organização e funcionamento das escolas.

Aos professores e educadores competirá continuar a lutar contra este “ECD do ME”!

O Secretariado Nacional

Conselho Nacional da FENPROF reunido em Lisboa

 

O Conselho Nacional da FENPROF reuniu em Lisboa nos dias 14 e 15 de Dezembro, na sede da FENPROF. O aspecto central em debate nesta reunião tem sido a análise da situação político-social e a definição de linhas de intervenção e acção futura dos professores e educadores, a par da sua organização sindical mais representativa, a FENPROF.

Num momento particularmente complexo da vida dos professores portugueses – com o Governo a impor o ECD, o patronato a tentar impor as suas regras contratuais para o ensino particular e cooperativo, o ensino superior a sofrer cortes brutais e a Assembleia da República a aprovar um Orçamento de Estado que prevê grandes cortes na Educação – os conselheiros nacionais da FENPROF, oriundos de todos os distritos do continente, das regiões autónomas e da emigração, não só analisaram politicamente a situação, como debateram as formas de continuar a lutar contra uma política governativa que não só ataca direitos inalienáveis dos trabalhadores, onde se incluem os professores, como representa, igualmente, um ataque fortíssimo à Escola Pública Portuguesa.

Nesta reunião, foi ainda aprovado o Regulamento do IX Congresso Nacional dos Professores que terá lugar em Lisboa, na Faculdade de Medicina Dentária, nos dias 19, 20 e 21 de Abril. Além do regulamento, foram também aprovados o lema, os temas em debate, bem como outras questões relacionadas com a organização da reunião do órgão máximo da FENPROF e que contará com 800 delegados, dos quais 650 eleitos directamente nas escolas em representação dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico, Secundário, Superior e da Educação Especial.

 O Secretariado Nacional da FENPROF

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